|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pais deixam de vacinar crianças mais velhas contra pólio
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
Hoje, véspera do dia nacional
de vacinação contra a paralisia
infantil (ou poliomielite), a Secretaria Estadual de Saúde de
São Paulo divulga uma pesquisa que mostra que os pais "relaxam" na imunização quando os
filhos já não são bebês.
Enquanto 99% das crianças
menores de um ano foram vacinadas contra a paralisia infantil
no ano passado, o índice foi de
85% no caso das crianças com
idade entre um e cinco anos.
As crianças devem obrigatoriamente tomar três doses até
um ano e dois reforços até seis
anos (uma dose com 15 meses e
outra entre quatro e seis anos).
Os médicos recomendam
que, além das cinco doses obrigatórias, elas participem até os
cinco anos de todas as vacinações nacionais. A criança vacinada elimina o vírus enfraquecido pelas fezes, o que, em locais sem saneamento, protege
as crianças não vacinadas.
"Até mesmo as crianças que
foram vacinadas em clínicas
privadas, com injeção, devem
tomar as gotinhas amanhã", diz
a pediatra Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria
Estadual de Saúde.
As gotinhas contra a paralisia
não devem ser dadas a crianças
com infecções agudas, febre alta, diarréia, vômito, alergia aos
componentes da vacina (como
a estreptomicina e a eritromicina) e deficiência imunológica
(como câncer e Aids), além das
que estão sendo tratadas com
corticosteróide, antimetabólico, radiação ou qualquer terapia imunossupressora.
O Ministério da Saúde espera
imunizar hoje 15 milhões de
crianças em 70 mil postos públicos de todo o país.
A paralisia foi erradicada do
Brasil em 1989. Mas há o risco
de a doença voltar pelo fato de o
vírus ainda circular na África e
na Ásia. Em 2007, foram registrados 1.313 casos em 13 países.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Uso de anfetamina aumenta o risco de infarto em jovens Índice
|