São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 2008

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Pais deixam de vacinar crianças mais velhas contra pólio

RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Hoje, véspera do dia nacional de vacinação contra a paralisia infantil (ou poliomielite), a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo divulga uma pesquisa que mostra que os pais "relaxam" na imunização quando os filhos já não são bebês.
Enquanto 99% das crianças menores de um ano foram vacinadas contra a paralisia infantil no ano passado, o índice foi de 85% no caso das crianças com idade entre um e cinco anos.
As crianças devem obrigatoriamente tomar três doses até um ano e dois reforços até seis anos (uma dose com 15 meses e outra entre quatro e seis anos).
Os médicos recomendam que, além das cinco doses obrigatórias, elas participem até os cinco anos de todas as vacinações nacionais. A criança vacinada elimina o vírus enfraquecido pelas fezes, o que, em locais sem saneamento, protege as crianças não vacinadas.
"Até mesmo as crianças que foram vacinadas em clínicas privadas, com injeção, devem tomar as gotinhas amanhã", diz a pediatra Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria Estadual de Saúde.
As gotinhas contra a paralisia não devem ser dadas a crianças com infecções agudas, febre alta, diarréia, vômito, alergia aos componentes da vacina (como a estreptomicina e a eritromicina) e deficiência imunológica (como câncer e Aids), além das que estão sendo tratadas com corticosteróide, antimetabólico, radiação ou qualquer terapia imunossupressora.
O Ministério da Saúde espera imunizar hoje 15 milhões de crianças em 70 mil postos públicos de todo o país.
A paralisia foi erradicada do Brasil em 1989. Mas há o risco de a doença voltar pelo fato de o vírus ainda circular na África e na Ásia. Em 2007, foram registrados 1.313 casos em 13 países.


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