São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

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"Sem-quadra" foi desalojado duas vezes

DE SÃO PAULO

Donizete Ferreira, 28, já está acostumado à condição "sem-quadra". Dois anos atrás, o campo onde jogava na zona sul virou prédio. Em janeiro deste ano, a história se repetiu: e toca procurar outro lugar.
"Quase que o time acaba", disse. Algum tempo depois, encontrou outra quadra para o grupo, de 17 pessoas. O aluguel encareceu -passou de R$ 380 para R$ 600, por uma hora e meia por semana.
"Os prédios estão tomando conta de tudo", diz.
"É nítido. Quando a procura aumenta, pode ter certeza que fechou alguma quadra na região", disse Cláudio Sparapani, dono da quadra para onde o grupo de Donizete se mudou, na avenida Miguel Stéfano (Água Branca). Ele enumera ao menos quatro quadras fechadas nas redondezas em dois anos.
"A situação preocupa pela perda de área de lazer pela população", afirma Paulo Roberto Antunes, 41, presidente da Federação Paulista de Futebol 7 - Society.
A modalidade, ressalta, resiste principalmente graças às quadras dentro de clubes, menos suscetíveis ao assédio de construtoras.
Com menos quadras de futebol particulares, os campos em parques públicos se tornam alternativas. A Folha perguntou à Secretaria Municipal de Esportes e Lazer quantos campos públicos há na cidade, mas não obteve resposta.


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