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"Sem-quadra"
foi desalojado duas vezes
DE SÃO PAULO
Donizete Ferreira, 28, já
está acostumado à condição "sem-quadra". Dois
anos atrás, o campo onde
jogava na zona sul virou
prédio. Em janeiro deste
ano, a história se repetiu: e
toca procurar outro lugar.
"Quase que o time acaba", disse. Algum tempo
depois, encontrou outra
quadra para o grupo, de 17
pessoas. O aluguel encareceu -passou de R$ 380 para R$ 600, por uma hora e
meia por semana.
"Os prédios estão tomando conta de tudo", diz.
"É nítido. Quando a procura aumenta, pode ter certeza que fechou alguma
quadra na região", disse
Cláudio Sparapani, dono da
quadra para onde o grupo
de Donizete se mudou, na
avenida Miguel Stéfano
(Água Branca). Ele enumera ao menos quatro quadras
fechadas nas redondezas
em dois anos.
"A situação preocupa pela perda de área de lazer pela população", afirma Paulo Roberto Antunes, 41, presidente da Federação Paulista de Futebol 7 - Society.
A modalidade, ressalta,
resiste principalmente graças às quadras dentro de
clubes, menos suscetíveis
ao assédio de construtoras.
Com menos quadras de
futebol particulares, os
campos em parques públicos se tornam alternativas.
A Folha perguntou à Secretaria Municipal de Esportes
e Lazer quantos campos públicos há na cidade, mas
não obteve resposta.
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