São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 2011

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Única mulher presa, tenente ficou seis dias isolada em quartel

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Única mulher entre os bombeiros detidos no último dia 4, a tenente Lucrécia Belo da Fonseca, 38, estava ontem na manifestação em Copacabana. Discreta, reagiu com um sorriso tímido ao abraço de uma amiga que comemorava a sua libertação.
Por ser mulher, ela passou os seis dias de detenção isolada no quartel do Méier (zona norte). Ao ser libertada, anteontem, recebeu dispensa médica e recomendação para repouso. Não foi ao ato da categoria na Assembleia Legislativa, no sábado.
Lucrécia vai completar 11 anos na corporação no dia 26. Passou oito deles como cabo porque sua formação era técnica. Ao completar o curso universitário de enfermagem, prestou concurso para oficial. "O que começou como um serviço público passou a ser amor", disse.
Solteira, não tem filhos nem vida social. São dois turnos de trabalho na Unidade de Pronto-Atendimento de Campo Grande 2 (zona oeste) -um como bombeira e outro como enfermeira civil, também concursada.
Atende diariamente pessoas socorridas pelos colegas de corporação. "Crianças [socorridas] desequilibram a equipe. Tenho amigos que sofreram crise hipertensiva."
Ontem, ainda cansada, dizia-se feliz com o apoio popular ao movimento. "Sempre nos falaram do respeito que as pessoas têm pela gente porque estamos prontos para salvar vidas. Hoje, a população está nos resgatando."


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