São Paulo, segunda-feira, 13 de junho de 2011

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Apoio a bombeiros reúne 20 mil no Rio

Além de colegas de outros Estados e outros países, passeata em Copacabana atrai médicos, professores e policiais

Após protesto, Sérgio Cabral lança proposta para destinar 30% de fundo ao pagamento de gratificações à categoria

DENISE MENCHEN
DO RIO
DAMARIS GIULIANA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Servidores de diversas categorias do funcionalismo no Rio participaram ontem da passeata em favor da anistia dos 429 bombeiros e dois policiais militares denunciados por motim e danos materiais após invasão do quartel central da corporação, no dia 3.
O perdão criminal e administrativo é a principal reivindicação do grupo, que foi libertado no sábado após habeas corpus da Justiça.
Segundo a PM, a manifestação reuniu cerca de 20 mil pessoas. Além dos bombeiros, médicos, professores e policiais militares levaram faixas cobrando melhores condições de trabalho.
A manifestação começou em frente ao hotel Copacabana Palace e terminou a cerca de três quilômetros dali.
"Viemos para cá para prestar solidariedade aos bombeiros e dar visibilidade ao nosso movimento, porque o governador parece que não nos enxerga", disse o professor de matemática Samuel Silva, de São João do Meriti (Baixada Fluminense).
Em greve desde o dia 7, os professores estaduais querem reajuste de 26%.
Os microfones também anunciaram o apoio de bombeiros de São Paulo, Santa Catarina, Amazonas, Sergipe e Distrito Federal, além de Argentina e Estados Unidos.
Matias Americo Montecchia, da Escola de Guarda Vidas de Mar del Plata (Argentina), disse ter vindo ao Rio especialmente para a passeata: "É uma vergonha o salário dos bombeiros aqui", disse. O piso bruto é de R$ 1.031.
Moradores que foram aproveitar o dia de sol na orla também aderiram ao ato -muitos circulavam com uma fita vermelha no braço, na bicicleta ou no skate.
À noite, o governo informou em nota que o governador Sérgio Cabral (PMDB) enviará mensagem à Assembleia Legislativa propondo que 30% do valor do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros, arrecadado com a taxa de incêndio, seja usado no pagamento de gratificações.
O fundo, que arrecadou R$ 110 milhões em 2010, hoje é destinado à manutenção e aquisição de equipamentos, assistência médica e social e treinamento de pessoal.
A nota lembra que já foi anunciada a antecipação de um reajuste de 5,8%, que antes seria escalonado entre julho e dezembro. Somado aos reajustes de janeiro a junho, representará um aumento de 11,5% neste ano. O piso final, de R$ 1.265, ainda ficará aquém dos R$ 2.000 reivindicados pela categoria.


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