DA AGÊNCIA FOLHA

A internet tem sido um dos principais meios de articulação e de organização dos estudantes que protestam contra as tarifas dos transportes coletivos em várias partes do país. Uma lista de discussão pelo "passe livre", por exemplo, conta, desde abril de 2003, com cerca de 500 membros.
E não é apenas a troca de mensagens eletrônicas a novidade das mobilizações. Os estudantes também publicam artigos, fotos, críticas e manifestos em sites. No do Centro de Mídia Independente (www.midiaindependente.org), há informações diárias sobre os atos dos estudantes.
"Durante os protestos em Florianópolis, cheguei a repassar 90 mensagens por dia de gente de várias partes do país", disse André Felipe de Moura Ferro, 19, moderador da lista nacional em favor do passe livre para estudantes.
Nas mensagens trocadas entre os alunos há de tudo: dicas de como evitar os efeitos do gás lacrimogêneo usado pela polícia, apoio às manifestações e divulgação de novas ações e grupos.
Por meio da internet, os estudantes iniciaram também a troca de informação para um encontro nacional no próximo final de semana, na capital catarinense.
"Ainda estamos articulando um movimento nacional, que vai contar com um dia nacional de luta pelo passe livre, com manifestações em todo o país", afirmou Ferro, que é aluno de direito e não é filiado a nenhum partido por considerá-los "burgueses".


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