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Cursinhos dizem ter dúvidas sobre exame e seleção
DA REPORTAGEM LOCAL
A menos de três meses do
Enem, até cursinhos têm dúvidas sobre como será o exame.
"Há uma certa apreensão em
saber como vai ser, até para esclarecer para os alunos", diz
Augusta Pereira, coordenadora
do Cursinho do XI.
Ela reclama ainda da falta de
detalhes sobre o sistema unificado que será criado pelo Ministério da Educação para a escolha de cursos pelos alunos.
Pelo sistema on-line, o vestibulando vai monitorar se a sua
nota no Enem é suficiente para
entrar no curso que escolheu.
Se não for, ele pode optar por
outro curso (podem ser escolhidos cinco cursos de até cinco
universidades federais).
A ausência de um simulado é
a principal crítica do Anglo e do
Etapa. Em maio, o MEC havia
prometido distribuir uma prova-teste para ajudar os alunos e
os cursinhos a se prepararem,
mas isso ainda não ocorreu.
"Espero que seja antes de outubro [data da prova]", ironizou Alberto Nascimento, coordenador de vestibular do Anglo, que criou um preparatório
para o Enem. "O correto seria
divulgar o mais cedo possível."
É a mesma queixa de Caio
Fernandes Ignácio, 23, e Paloma de Carvalho Siqueira, 24,
alunos do Cursinho do XI. Ele
fará o Enem porque quer estudar bioengenharia na UFABC;
ela escolheu letras na Unifesp.
"O ministério não mostra
exemplo e não há nenhum tipo
de simulado [entre os feitos pelos cursinhos] que pareça fidedigno. Aí temos que estudar tudo e fica difícil estabelecer um
foco", disse Caio.
Ele está receoso ainda quanto às notas de corte -que vão
variar conforme o curso.
Para Paloma, será uma prova
maçante. Em dois dias, o aluno
terá de responder a 180 testes.
Apesar da falta de simulado,
o aluno não precisa temer o
conteúdo da prova, afirmam os
cursinhos. O argumento: quem
já estuda para o vestibular estará bem preparado; o MEC tem
afirmado o mesmo.
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