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Mulher de boxeador canadense morto em PE é presa
RODRIGO VIZEU
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Civil de Pernambuco prendeu ontem a mineira
Amanda Carina Barbosa Rodrigues, 23, sob a acusação de matar o marido, o boxeador canadense Arturo Gatti, 37, cujo
corpo foi encontrado anteontem em um flat na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca
(PE). Ela nega o crime.
Segundo o delegado João
Brito, a prisão foi feita no início
da madrugada, após depoimento de Amanda. Ela foi transferida para Recife. Brito disse que o
inquérito, com prazo de dez
dias para ser enviado à Justiça,
deve indiciá-la por homicídio.
No depoimento, afirmou o
delegado, Amanda contou que
o casal brigou por ciúmes na
noite de sexta, enquanto jantava fora com o filho de dez meses, e que o marido estava embriagado. Ela disse que Gatti a
empurrou, machucando-a no
cotovelo e no queixo.
Segundo a polícia, ela aproveitou que o marido estava
dormindo e o feriu na parte de
trás da cabeça com uma faca,
fazendo um corte superficial.
Em seguida, disse Brito, Amanda enforcou o boxeador com a
alça de uma bolsa até matá-lo,
causando as marcas encontradas no pescoço do morto.
O delegado descartou a hipótese de que outra pessoa tenha
estado no local, já que só os
dois possuíam chaves.
Segundo Brito, o IML verificou que o corpo estava rígido
ao ser encontrado, por volta
das 9h de sábado, após ligação
de Amanda, o que sinaliza que
a morte deve ter ocorrido no
início da madrugada.
A família havia chegado ao
flat na sexta-feira à tarde. Segundo Amanda, o casal passaria 30 dias no local para uma
segunda lua de mel.
Italiano naturalizado canadense, Gatti estava aposentado
desde 2007. O atleta foi campeão mundial dos superpenas
em 1995 pela Federação Internacional de Boxe e da categoria
meio-médio-ligeiro em 2004
pelo Conselho Internacional
de Boxe.
Flávia Rodrigues, 25, irmã da
suspeita disse ter certeza da
inocência de Amanda e afirmou que a irmã está sofrendo
com a perda do marido. Segundo ela, Amanda acredita que
Gatti se suicidou. Flávia disse
que está providenciando um
advogado para a irmã.
Colaboraram EDUARDO OHATA e MARIANA IWAKURA, da Reportagem Local
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