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foco
240 mil pessoas aproveitam dia de sol em São Paulo para participar de festas típicas
JULIANA CARIELLO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Acrobacias em cima de cavalos, banda orquestrada com
canções francesas e brasileiras, trilhas até cerejeiras, oficinas de origami, apresentação de tambor japonês, música italiana... Essas foram algumas das atividades gratuitas
oferecidas ao ar livre ontem
na cidade de São Paulo.
O Dia da França, o Sampa
Pizza e os festivais da Cerejeira e das Estrelas somaram, segundo os seus organizadores,
240 mil pessoas -público suficiente para lotar seis vezes o
estádio do Pacaembu.
O Dia da França, no parque
da Água Branca (zona oeste),
foi o campeão de público. As
analistas de sistema Fátima
do Nascimento, 50, e Regina
Celis Teixeira, 54, estavam
entre as 110 mil pessoas que
aproveitaram o dia ensolarado no evento.
Enquanto o mês de setembro não chega para as amigas
realizarem o antigo sonho de
conhecer Paris, elas mergulharam na cultura francesa
por meio da festa típica.
"Estudamos francês na escola, gostamos da língua, das
tradições, por isso resolvemos fazer uma prévia dos nove dias que passaremos lá",
contam elas, que se queixaram apenas do tamanho da fila para comprar as iguarias
francesas a preços populares.
Já o Festival das Estrelas,
na Liberdade (região central),
atraiu a contadora Cynthia
Akemi, 37, que sentiu "estar
no Japão". Foi pelo avô materno que ela conheceu a lenda que originou o festival.
Segundo a história, uma
princesa tecelã e um pastor
foram transformados em estrelas e separados pela Via
Láctea por terem colocado o
amor um pelo outro antes de
seus respectivos trabalhos.
Comovido com a tristeza
do casal, o Senhor Celestial
permite um único encontro
anual entre eles, em julho.
Como forma de agradecimento, a lenda diz que os dois
atendem a pedidos.
"Pedi amor, saúde e um
emprego melhor", conta
Cynthia. "A primeira coisa
que faço no festival é escrever
todos os meus pedidos e pendurá-los em bambus."
Outro festival japonês, o da
cerejeira, árvore símbolo do
país, aconteceu no Horto Florestal (zona norte). A esteticista Ângela Bortoleto, 50,
pela primeira vez na festa, levou com ela os dois sobrinhos
de Cruzeiro (227 km de SP).
As crianças, de oito e 11
anos, que passam férias na capital, fizeram a trilha das cerejeiras, com mais 2.000 visitantes, e assistiram a shows.
"Esperamos voltar", diz ela.
Evento religioso
A igreja Nossa Senhora da
Boa Morte, na rua do Carmo
(centro), começou ontem a
funcionar 24 horas por dia.
O primeiro evento religioso
aberto ao público depois do
término da restauração aconteceu às 8h. Foi realizada uma
missa para cerca de 200 fiéis
-a capacidade da igreja é de
120 pessoas sentadas.
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