São Paulo, terça-feira, 13 de julho de 2010

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Eliza ficou 2 dias na casa de Bruno no Rio antes de ir a MG, diz garoto

Em novo depoimento, adolescente afirma que goleiro chegou a MG pouco depois da ex-amante

Em BH, 4 suspeitos presos se calaram diante da Polícia Civil, seguindo orientação de seus advogados

DE BELO HORIZONTE

A ex-amante de Bruno Fernandes, Eliza Samudio, passou dois dias na casa dele no Recreio dos Bandeirantes, no Rio, antes de ser levada para o sítio em Esmeraldas (MG).
A informação faz parte de novo depoimento prestado pelo adolescente primo do goleiro, que, na semana passada, havia contado aos policiais do Rio como Eliza havia desaparecido. Trechos foram apresentados ontem à noite pelo "Jornal Nacional".
De acordo com o novo depoimento, prestado ao Ministério Público na quinta, a jovem, que está desaparecida desde o início de junho, foi levada à casa de Bruno após ter sido agredida com três coronhadas pelo garoto no carro dirigido por Luiz Henrique Romão (o Macarrão) e que a levaria para Esmeraldas.
Em seu primeiro depoimento, o primo do jogador não mencionava os dois dias passados no Recreio.
Segundo o rapaz, Bruno não estava em casa, mas concentrado com o Flamengo para um jogo do Brasileiro -o time enfrentou o Goiás naquele fim de semana.

DAYANNE
Outra mudança nas declarações do adolescente diz respeito à permanência do goleiro no sítio em Minas: na primeira versão, o atleta teria chegado de táxi um dia após Eliza e ficado só duas horas; na versão mais recente, chegou na segunda, poucas horas após a ex-amante Eliza, e permaneceu lá até quarta.
A participação de Dayanne, mulher do goleiro, também é diferente na nova versão: ela já estava no sítio quando ele, Macarrão, Eliza e o bebê chegaram; no depoimento anterior, só teria aparecido ali após Eliza ser levada para a casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, onde teria sido estrangulada e esquartejada por ele.
O garoto contou também ter ouvido de Macarrão que o grupo iria "pegar" Eliza porque ela estava "dando muita aporrinhação" ao goleiro.
Algum tempo após o crime, conforme o garoto, Macarrão ligou para Santos e soube que os cães não haviam comido toda a carne de Eliza. Por isso, parte havia sido depositada em uma sapata (parte do alicerce de uma construção), sobre a qual foi lançado concreto.
O menor não disse se Bruno e Dayanne acompanharam a morte de Eliza.

DEPOIMENTOS
Ontem à noite a Justiça do Rio autorizou a transferência do adolescente para Belo Horizonte, onde possivelmente será acareado com os suspeitos presos na cidade.
Quatro deles se calaram diante da Polícia Civil de Minas ontem. O depoimento do jogador, também previsto para ontem, não ocorreu. Bruno disse ter passado mal. Foi medicado para gripe.
A polícia tentou ouvir Santos, Wemerson Marques de Souza (o Coxinha), Flávio Caetano de Araújo (amigo de Bruno) e Elenilson Vitor da Silva (administrador do sítio do jogador). Todos ficaram calados, seguindo orientação de seus advogados.


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