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Eliza ficou 2 dias na casa de Bruno no Rio antes de ir a MG, diz garoto
Em novo depoimento, adolescente afirma que goleiro chegou a MG pouco depois da ex-amante
Em BH, 4 suspeitos presos se calaram diante da Polícia Civil, seguindo orientação
de seus advogados
DE BELO HORIZONTE
A ex-amante de Bruno Fernandes, Eliza Samudio, passou dois dias na casa dele no
Recreio dos Bandeirantes, no
Rio, antes de ser levada para
o sítio em Esmeraldas (MG).
A informação faz parte de
novo depoimento prestado
pelo adolescente primo do
goleiro, que, na semana passada, havia contado aos policiais do Rio como Eliza havia
desaparecido. Trechos foram
apresentados ontem à noite
pelo "Jornal Nacional".
De acordo com o novo depoimento, prestado ao Ministério Público na quinta, a jovem, que está desaparecida
desde o início de junho, foi
levada à casa de Bruno após
ter sido agredida com três coronhadas pelo garoto no carro dirigido por Luiz Henrique
Romão (o Macarrão) e que a
levaria para Esmeraldas.
Em seu primeiro depoimento, o primo do jogador
não mencionava os dois dias
passados no Recreio.
Segundo o rapaz, Bruno
não estava em casa, mas concentrado com o Flamengo
para um jogo do Brasileiro
-o time enfrentou o Goiás
naquele fim de semana.
DAYANNE
Outra mudança nas declarações do adolescente diz
respeito à permanência do
goleiro no sítio em Minas: na
primeira versão, o atleta teria
chegado de táxi um dia após
Eliza e ficado só duas horas;
na versão mais recente, chegou na segunda, poucas horas após a ex-amante Eliza, e
permaneceu lá até quarta.
A participação de Dayanne, mulher do goleiro, também é diferente na nova versão: ela já estava no sítio
quando ele, Macarrão, Eliza e
o bebê chegaram; no depoimento anterior, só teria aparecido ali após Eliza ser levada para a casa do ex-policial
Marcos Aparecido dos Santos, onde teria sido estrangulada e esquartejada por ele.
O garoto contou também
ter ouvido de Macarrão que o
grupo iria "pegar" Eliza porque ela estava "dando muita
aporrinhação" ao goleiro.
Algum tempo após o crime, conforme o garoto, Macarrão ligou para Santos e
soube que os cães não haviam comido toda a carne de
Eliza. Por isso, parte havia sido depositada em uma sapata (parte do alicerce de uma
construção), sobre a qual foi
lançado concreto.
O menor não disse se Bruno e Dayanne acompanharam a morte de Eliza.
DEPOIMENTOS
Ontem à noite a Justiça do
Rio autorizou a transferência
do adolescente para Belo Horizonte, onde possivelmente
será acareado com os suspeitos presos na cidade.
Quatro deles se calaram
diante da Polícia Civil de Minas ontem. O depoimento do
jogador, também previsto
para ontem, não ocorreu.
Bruno disse ter passado mal.
Foi medicado para gripe.
A polícia tentou ouvir Santos, Wemerson Marques de
Souza (o Coxinha), Flávio
Caetano de Araújo (amigo de
Bruno) e Elenilson Vitor da
Silva (administrador do sítio
do jogador). Todos ficaram
calados, seguindo orientação de seus advogados.
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