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PMs são presos sob suspeita de assassinato
DA REPORTAGEM LOCAL
O tenente da PM Jonas Paro
Barreto, 23, e os soldados Fernando Félix, Adriano Roda dos
Santos e Sandro Rodrigues de
Sousa, do 18º Batalhão, na zona
norte de São Paulo, foram presos ontem sob a suspeita de simular um tiroteio para justificar o assassinato de Everton
Torres Rodrigues, 21, no último
dia 30 de julho.
Segundo as apurações da
Corregedoria da PM, que justificaram o pedido de prisão temporária -por 30 dias- , os quatro disseram ter trocado tiros
com Rodrigues na avenida Raimundo Pereira de Magalhães,
após ele roubar o carro do bancário Eduardo Donizete Batista, que foi feito refém.
Segundo os PMs, Rodrigues
estava no Siena e, na perseguição, desceu, atirando. Ele foi ferido e levado ao hospital de Parada de Taipas, onde morreu.
Quando adolescente, Rodrigues foi acusado de tráfico de
drogas. Em 30 de julho, após o
suposto tiroteio, chegou ao
hospital sem documentos.
Em oposição à versão dos
PMs, um amigo de Rodrigues
afirmou à corregedoria que o
rapaz foi preso às 21h30 do dia
29, na avenida Edgar Facó, na
zona norte. Um dos PMs que
participaram da prisão já o conhecia, segundo a testemunha.
Na investigação da Corregedoria da PM e da Justiça Militar, a suspeita é de que os PMs
simularam o roubo e o tiroteio
para justificar o assassinato.
Os PMs estão no Presídio Militar Romão Gomes. A reportagem não teve acesso a eles e
seus advogados não foram localizados. À corregedoria, eles
afirmaram que foram atacados.
O dono do Siena confirma a
versão dos PMs.
Desde janeiro, quando o coronel José Hermínio Rodrigues, comandante da PM na zona norte, foi morto a tiros, policiais do 18º Batalhão são investigados sob a suspeita de integrar um grupo de extermínio.
Em julho, o soldado Pascoal
dos Santos Lima foi acusado e
preso pela morte do coronel.
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