DA REPORTAGEM LOCAL

O governo de São Paulo anunciou ontem que o número de mortes causadas pela gripe chegou a 111 no Estado - 42 óbitos a mais que o divulgado na sexta.
Com os novos dados, o total de mortos no Brasil subiu para 275. A região Norte do país registrou ontem a primeira morte. A vítima, um rapaz de 24 anos, é de Rondônia.
Entre os novos casos de SP, há pessoas que morreram há quase um mês. A demora na divulgação, diz a Secretaria da Saúde, pode ter sido causada pela necessidade de refazer o exame ou pelo atraso do hospital em enviar as secreções da vítima para o laboratório.
Dos 42 óbitos divulgados ontem, há mais sete gestantes -aumentando para 20 (ou 18% dos casos) o número de grávidas mortas pela gripe.
A maior parte das vítimas no Estado, porém, não tinha fator de risco -39 mortes (ou 35%).
Pessoas entre 20 e 39 anos continuam sendo a maioria dos mortos: 58 casos (ou 52%). Onze mortos tinham até dez anos.

Gripe comum
Ao contrário do que ocorre com a gripe comum, os idosos são a minoria dos óbitos na gripe suína: foram quatro mortos com mais de 60 anos.
Na gripe comum, que só na capital paulista matou 17 por dia no ano passado, as vítimas dessa faixa etária corresponderam a 83% dos casos.
Uma das hipóteses dos epidemiologistas para a diferença é a de que os idosos podem ter tido contato com gripes parecidas com a suína nas décadas de 1950 e 1960 e, por isso, teriam mais imunidade.
No ano passado, 6.324 pessoas morreram na capital devido ao males provocados pela gripe-no país, foram mais de 70 mil no mesmo período.
(TALITA BEDINELLI)