São Paulo, sábado, 13 de agosto de 2011

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69 juízes estão ameaçados de morte no país, diz CNJ

Levantamento mostra ainda que outros 13 vivem em "situação de risco"

Para Corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Judiciário está cochilando com relação à segurança dos juízes


FELIPE SELIGMAN
ANA FLOR

DE BRASÍLIA

Levantamento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) revela que apenas 42 juízes estão sob escolta policial, sendo que pelo menos 69 já foram ameaçados e 13 vivem em "situação de risco".
Segundo a corregedora do conselho, Eliana Calmon, ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o Judiciário está "cochilando" em garantir a segurança dos juízes.
Os dados foram reunidos após Calmon enviar, em junho, um ofício para todos os tribunais do país, questionando casos de juízes que sofrem ameaças e que necessitam de escolta. Segundo ela, nem todos os tribunais responderam, como os Tribunais de Justiça de São Paulo e Minas Gerais.
O TJ do Rio informou que 13 juízes contam com seguranças no Estado. A juíza Patrícia Lourival Acioli não estava entre eles.
"Temos cochilado um pouco nas medidas de segurança dos juízes", disse a ministra do STJ.
Calmon afirmou que o TJ do Rio já havia oferecido à juíza que ela mudasse de vara, mas ela não quis.
A juíza foi enterrada ontem em Niterói. Cerca de 300 pessoas acompanharam a cerimônia. O ex-marido dela, Wilson Junior, pediu que o crime não fique impune.
A ministra Irini Lopes (Secretaria das Mulheres) pediu agilidade e "punição exemplar" para os responsáveis pelo crime. "Esse tipo de impunidade estimula o crime organizado a assassinar as pessoas que buscam fazer justiça", afirmou.


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