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Universidades dizem que seguem lei
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As universidades com notas baixas no Índice Geral de
Cursos e que possuem credenciamento superior a 12
anos afirmam que não estão
fora da legislação.
"A portaria que nos autoriza, de 1992, não fala em temporalidade. Ou seja, não precisamos passar pelo recredenciamento", disse o reitor
da Unib (Universidade Ibirapuera), Jorge Bastos. "A lei,
de 1996 [que estipula a necessidade de recredenciamento], não pode abranger a
nossa escola, pois abrimos
antes disso. Estamos protegidos pela Constituição."
Bastos afirma que houve
problemas técnicos na tabulação dos dados de sua universidade, por isso ela foi mal
avaliada no índice. "Zelamos
pela qualidade. Temos, por
exemplo, 57,65% dos professores com mestrado ou doutorado. A legislação exige
apenas 33,3%."
O reitor da Unig (Universidade Iguaçu), Júlio César da
Silva, disse que o credenciamento da universidade no
MEC não é um problema,
uma vez que o reconhecimento da instituição é anterior à lei. "Não foi feito isso [o
recredenciamento] para nenhuma universidade."
Sobre a avaliação do Índice
Geral de Cursos, Silva disse
que considera o esforço como importante, mas que é
preciso entender suas limitações, pois é apenas parte de
um processo maior de avaliação das instituições.
Segundo Silva, um terço do
corpo docente é formado por
mestres e doutores e há iniciação à pesquisa em todos
os cursos de graduação.
Por e-mail, a Unisa (Universidade de Santo Amaro)
declara-se "uma instituição
com modelo de ensino diferenciado, que estimula a prática através de atividades de
responsabilidade social" e
diz sentir-se "honrada por
estar entre as universidades
mais tradicionais de São
Paulo e do Brasil, contribuindo de forma direta para
o desenvolvimento do país."
Não há respostas para as
dúvidas em relação ao cadastramento no Ministério da
Educação.
Também procurada pela
Folha, a UniABC (Universidade do Grande ABC) informou que não haveria tempo
para responder as questões
devido a uma reunião.
A Unama (Universidade da
Amazônia) repassou a demanda ao reitor, que não foi
encontrado. A reportagem
não localizou, por telefone
ou e-mail, representantes da
USU (Universidade Santa
Úrsula).
(FT e RACHEL COSTA)
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