São Paulo, sábado, 13 de setembro de 2008

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Universidades dizem que seguem lei

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As universidades com notas baixas no Índice Geral de Cursos e que possuem credenciamento superior a 12 anos afirmam que não estão fora da legislação.
"A portaria que nos autoriza, de 1992, não fala em temporalidade. Ou seja, não precisamos passar pelo recredenciamento", disse o reitor da Unib (Universidade Ibirapuera), Jorge Bastos. "A lei, de 1996 [que estipula a necessidade de recredenciamento], não pode abranger a nossa escola, pois abrimos antes disso. Estamos protegidos pela Constituição."
Bastos afirma que houve problemas técnicos na tabulação dos dados de sua universidade, por isso ela foi mal avaliada no índice. "Zelamos pela qualidade. Temos, por exemplo, 57,65% dos professores com mestrado ou doutorado. A legislação exige apenas 33,3%."
O reitor da Unig (Universidade Iguaçu), Júlio César da Silva, disse que o credenciamento da universidade no MEC não é um problema, uma vez que o reconhecimento da instituição é anterior à lei. "Não foi feito isso [o recredenciamento] para nenhuma universidade."
Sobre a avaliação do Índice Geral de Cursos, Silva disse que considera o esforço como importante, mas que é preciso entender suas limitações, pois é apenas parte de um processo maior de avaliação das instituições.
Segundo Silva, um terço do corpo docente é formado por mestres e doutores e há iniciação à pesquisa em todos os cursos de graduação.
Por e-mail, a Unisa (Universidade de Santo Amaro) declara-se "uma instituição com modelo de ensino diferenciado, que estimula a prática através de atividades de responsabilidade social" e diz sentir-se "honrada por estar entre as universidades mais tradicionais de São Paulo e do Brasil, contribuindo de forma direta para o desenvolvimento do país."
Não há respostas para as dúvidas em relação ao cadastramento no Ministério da Educação.
Também procurada pela Folha, a UniABC (Universidade do Grande ABC) informou que não haveria tempo para responder as questões devido a uma reunião.
A Unama (Universidade da Amazônia) repassou a demanda ao reitor, que não foi encontrado. A reportagem não localizou, por telefone ou e-mail, representantes da USU (Universidade Santa Úrsula). (FT e RACHEL COSTA)


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