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Morte dos irmãos foi premeditada, diz polícia
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Após cinco horas de reconstituição da morte dos irmãos
Igor e João Vitor Rodrigues, de
12 e 13 anos, em Ribeirão Pires
(Grande SP), a polícia levantou
ontem a hipótese de que o crime tenha sido premeditado pelo pai e pela madrasta, e não
praticado num surto de raiva,
como alegam os dois.
Um dos argumentos para a
tese de premeditação é o fato de
os garotos terem sido mortos
quase que simultaneamente.
De acordo com a polícia, depois de matá-los, o casal levou
os corpos ao quintal e ateou fogo. Para os policiais, Rodrigues
esperava que os corpos virassem cinzas, como isso não
ocorreu, eles resolveram esquartejá-los usando uma foice
e uma faca de cozinha.
Rodrigues, segundo a polícia,
tomou banho e seguiu para o
trabalho, enquanto Eliane se
encarregou de limpar a casa.
Partes dos corpos foram
achadas por lixeiros dentro de
sacos de lixo na madrugada de
sábado, horas depois do crime.
Segundo a polícia, o pai dos
meninos, o vigia João Alexandre Rodrigues, 40, confessou
que esganou o filho mais novo e
que sua mulher, Eliane Aparecida Rodrigues, 36, esfaqueou o
mais velho na barriga. Eliane
disse à polícia que foi o marido
quem asfixiou os dois filhos.
Ontem, após a reconstituição, o delegado Adilson Lima,
da delegacia de homicídios de
Santo André, afirmou que a
versão do pai é a mais coerente.
Ele disse haver vários indícios
disso. "Um deles é o fato de o
pai ter dito que havia sangue no
quarto. E realmente achamos
sangue no local. Já a madrasta
nega ter tido sangue ali", disse.
Só o vigia participou da encenação. Eliane se recusou a comparecer. O casal ainda não têm
advogados. Representantes da
OAB e do Ministério Público
compareceram à encenação.
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