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Outro lado
O marido não é deficiente, diz síndica
EM SÃO PAULO
Margarida Elia D'Angelo, síndica do prédio, disse
à Folha que a decisão da
assembléia é soberana e
que outros quatro idosos,
além da cadeirante, também têm dificuldades de
se locomover na garagem
e necessitariam de vagas
especiais.
"Não sou responsável
pela decisão. As pessoas
entendem a dificuldade da
dona Maria Inês, mas não
querem manter [a vaga]."
A síndica disse ainda
que "quem é deficiente é
ela, não seu José Antônio
[marido]" e que ele pode
manobrar o carro até perto do elevador e buscá-la.
Segundo ela, a família,
mesmo sendo inquilina,
teria direito a voto se
apresentasse autorização
do proprietário do apartamento. A síndica disse que
ninguém da família participou da reunião para pedir seus direitos.
Ela, que afirma ter votado contra a mudança, disse que a decisão não quer,
de forma alguma, tirar "o
direito de uma pessoa de
quem a gente gosta muito". "Ela é uma pessoa maravilhosa", disse.
A gerente de condomínios Ana Beatriz Baroni,
da Manager Sistemas e
Serviços, que administra o
prédio, disse que a decisão
de não abrir exceções partiu dos moradores, e não
da administradora.
Afirmou ainda que sugeriu, durante a reunião,
que fossem destinadas
duas vagas a idosos e deficientes, mas que a maioria
não aceitou. "Quando ele
[José Antônio Fantin] alugou o apartamento, já sabia disso [não ter vaga fixa]. Por muito tempo foi
concedido o benefício de
ficar com a vaga perto do
elevador", afirmou.
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