São Paulo, sábado, 13 de setembro de 2008

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Outro lado

O marido não é deficiente, diz síndica

EM SÃO PAULO

Margarida Elia D'Angelo, síndica do prédio, disse à Folha que a decisão da assembléia é soberana e que outros quatro idosos, além da cadeirante, também têm dificuldades de se locomover na garagem e necessitariam de vagas especiais.
"Não sou responsável pela decisão. As pessoas entendem a dificuldade da dona Maria Inês, mas não querem manter [a vaga]."
A síndica disse ainda que "quem é deficiente é ela, não seu José Antônio [marido]" e que ele pode manobrar o carro até perto do elevador e buscá-la.
Segundo ela, a família, mesmo sendo inquilina, teria direito a voto se apresentasse autorização do proprietário do apartamento. A síndica disse que ninguém da família participou da reunião para pedir seus direitos.
Ela, que afirma ter votado contra a mudança, disse que a decisão não quer, de forma alguma, tirar "o direito de uma pessoa de quem a gente gosta muito". "Ela é uma pessoa maravilhosa", disse.
A gerente de condomínios Ana Beatriz Baroni, da Manager Sistemas e Serviços, que administra o prédio, disse que a decisão de não abrir exceções partiu dos moradores, e não da administradora.
Afirmou ainda que sugeriu, durante a reunião, que fossem destinadas duas vagas a idosos e deficientes, mas que a maioria não aceitou. "Quando ele [José Antônio Fantin] alugou o apartamento, já sabia disso [não ter vaga fixa]. Por muito tempo foi concedido o benefício de ficar com a vaga perto do elevador", afirmou.


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