UOL


São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ministro pede mais verba para a área

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Há menos de um mês, o ministro Cristovam Buarque (Educação) voltou a reclamar publicamente mais recursos para sua pasta no próximo ano.
Cristovam chegou a fazer uma estimativa no início deste ano de que precisaria de pelo menos mais R$ 5,4 bilhões em 2004 para investir em novos projetos de educação. Pela proposta orçamentária enviada ao Congresso, a pasta terá direito a um aumento de 3,5% em relação aos R$ 18,1 bilhões previstos neste ano.
O ministro chegou a dizer que apóia, "como indispensável", a atual política econômica do ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho. Mas achava que teria sido desejável um Orçamento mais generoso para a educação e o social.
Desde que assumiu, em janeiro, Cristovam vem conversando com secretários estaduais e municipais da educação para tentar ampliar os recursos investidos na área.
Uma das principais reivindicações de Estados e municípios ainda está parada na Casa Civil: o aumento do valor mínimo do Fundef (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental).
Criado no governo Fernando Henrique Cardoso para incentivar a expansão e a melhoria do ensino fundamental, o valor mínimo do fundo neste ano está em R$ 446 para alunos de 1ª a 4ª séries e R$ 468,30, para os de 5ª a 8ª.
Estados e municípios reivindicam que o valor chegue a R$ 733,80 e R$ 770,50, respectivamente, o que corresponderia à média de alunos por arrecadação/ano. No primeiro semestre, o Ministério da Educação enviou à Casa Civil proposta para que o Fundef seja reajustado ainda em 2003 para cerca de R$ 500. Mas até agora a equipe econômica ainda não autorizou a elevação.
O aumento do valor mínimo do Fundef está na lista de reivindicações do ato a ser realizado na quarta-feira pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que reúne 120 entidades.
Serão organizadas cirandas de roda em várias capitais, e haverá uma audiência pública no Congresso. Com o slogan "Ciranda pela educação: é hora de colocar a educação pública no centro da roda", o grupo defende também maior participação da sociedade em decisões sobre o tema.


Texto Anterior: Gasto em relação ao PIB teria de dobrar em 8 anos
Próximo Texto: Moacyr Scliar: Troféu e sonho
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.