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EDUCAÇÃO
Prefeita afirma que fechou parceria com Consulado da França; oitavo "escolão", em Pirituba, foi inaugurado ontem
Ipiranga terá "CEU francês", diz Marta
DA REPORTAGEM LOCAL
A região do Ipiranga, conhecida
por sua grande colônia italiana,
terá um "CEU francês", segundo
disse a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, ontem pela manhã, durante a inauguração do CEU
(Centro Educacional Unificado)
Vila Atlântica, em Pirituba (zona
norte da capital paulista).
De acordo com ela, uma parceria entre a prefeitura e o consulado francês possibilitará aulas bilíngues em duas salas do CEU
Meninos, a ser inaugurada no
próximo dia 28. As demais classes
terão aulas regulares de francês.
O consulado disponibilizou
também uma filmoteca, e parte
do acervo da biblioteca será doada pela editora Larousse.
Segundo Marta, há negociações
para um "CEU inglês", com o British Council, e um "CEU espanhol". "Também teríamos duas
ou três salas bilíngues e aulas dos
idiomas com a cultura desses países", disse a prefeita.
A tônica da cerimônia de ontem
-na qual foi inaugurado o oitavo
CEU da cidade- foi o esporte.
Estavam presentes o ministro e a
secretária municipal responsáveis
pela área, Agnelo Queiroz e Nádia
Campeão, além da ex-jogadora de
vôlei Ana Moser, atual diretora do
centro olímpico do parque Ibirapuera.
Peneiras
Segundo Nádia Campeão, os
CEUs -os chamados "escolões",
prédios com escola, creche, piscina e teatro, entre outras instalações- deverão ser "fontes alimentadoras" de atletas para o
centro olímpico.
Atualmente, para treinar no
centro, é preciso passar por uma
seleção centralizada no local. A
idéia é que as chamadas peneiras
passem a ser feitas também nos
CEUs e nos clubes mantidos pela
prefeitura. Os técnicos dos CEUs
também poderão indicar atletas
para o centro olímpico.
Outro presente ao evento foi o
líbero da seleção de vôlei Serginho, que disse ter sido criado "a
dez metros do muro do CEU",
onde ainda mora. Ele começou a
jogar no centro esportivo de Pirituba. "Dava uns 40 minutos a pé.
Quando chegava lá, não precisava
fazer aquecimento", disse.
De acordo com a Guarda Civil
Metropolitana, passaram cerca de
5.000 pessoas pelo local.
Uma das moradoras da região,
Eliude Maria dos Santos, 34, reclamou da falta de vaga para a filha de quatro anos. "Ganho R$
300 por mês e tenho de pagar R$
50 para uma pessoa tomar conta
dela enquanto eu trabalho", disse.
Segundo a gestora do CEU Vila
Atlântica, Andréa Zink Bizarria,
tentaram matrícula na unidade
cerca de 5.000 pessoas, mais do
que o dobro de vagas disponíveis.
Foi dada preferência para crianças que estudam em salas superlotadas ou que estavam fora da escola, como Diego Rafael Ribeiro,
15, que não estuda há dois anos e
recebeu a promessa da prefeita de
que ganharia uma vaga na terceira série do ensino fundamental.
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