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São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2003

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EDUCAÇÃO

Prefeita afirma que fechou parceria com Consulado da França; oitavo "escolão", em Pirituba, foi inaugurado ontem

Ipiranga terá "CEU francês", diz Marta

DA REPORTAGEM LOCAL

A região do Ipiranga, conhecida por sua grande colônia italiana, terá um "CEU francês", segundo disse a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, ontem pela manhã, durante a inauguração do CEU (Centro Educacional Unificado) Vila Atlântica, em Pirituba (zona norte da capital paulista).
De acordo com ela, uma parceria entre a prefeitura e o consulado francês possibilitará aulas bilíngues em duas salas do CEU Meninos, a ser inaugurada no próximo dia 28. As demais classes terão aulas regulares de francês.
O consulado disponibilizou também uma filmoteca, e parte do acervo da biblioteca será doada pela editora Larousse.
Segundo Marta, há negociações para um "CEU inglês", com o British Council, e um "CEU espanhol". "Também teríamos duas ou três salas bilíngues e aulas dos idiomas com a cultura desses países", disse a prefeita.
A tônica da cerimônia de ontem -na qual foi inaugurado o oitavo CEU da cidade- foi o esporte. Estavam presentes o ministro e a secretária municipal responsáveis pela área, Agnelo Queiroz e Nádia Campeão, além da ex-jogadora de vôlei Ana Moser, atual diretora do centro olímpico do parque Ibirapuera.

Peneiras
Segundo Nádia Campeão, os CEUs -os chamados "escolões", prédios com escola, creche, piscina e teatro, entre outras instalações- deverão ser "fontes alimentadoras" de atletas para o centro olímpico.
Atualmente, para treinar no centro, é preciso passar por uma seleção centralizada no local. A idéia é que as chamadas peneiras passem a ser feitas também nos CEUs e nos clubes mantidos pela prefeitura. Os técnicos dos CEUs também poderão indicar atletas para o centro olímpico.
Outro presente ao evento foi o líbero da seleção de vôlei Serginho, que disse ter sido criado "a dez metros do muro do CEU", onde ainda mora. Ele começou a jogar no centro esportivo de Pirituba. "Dava uns 40 minutos a pé. Quando chegava lá, não precisava fazer aquecimento", disse.
De acordo com a Guarda Civil Metropolitana, passaram cerca de 5.000 pessoas pelo local.
Uma das moradoras da região, Eliude Maria dos Santos, 34, reclamou da falta de vaga para a filha de quatro anos. "Ganho R$ 300 por mês e tenho de pagar R$ 50 para uma pessoa tomar conta dela enquanto eu trabalho", disse.
Segundo a gestora do CEU Vila Atlântica, Andréa Zink Bizarria, tentaram matrícula na unidade cerca de 5.000 pessoas, mais do que o dobro de vagas disponíveis.
Foi dada preferência para crianças que estudam em salas superlotadas ou que estavam fora da escola, como Diego Rafael Ribeiro, 15, que não estuda há dois anos e recebeu a promessa da prefeita de que ganharia uma vaga na terceira série do ensino fundamental.



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