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Área de humanas tem carência de pesquisadores
DA SUCURSAL DO RIO
A redução no número de
estudantes europeus tem
também aberto espaço para
pesquisadores, principalmente na área de humanas.
Em história, por exemplo, as
vagas têm sido ocupadas por
brasileiros, principalmente
em Portugal e na Espanha.
Para o historiador Ronald
Raminelli, professor da UFF,
não é só a diminuição dos jovens que faz subir a ociosidade em alguns cursos.
"Vou com freqüência a
Portugal e noto que há departamentos de história precisando de alunos. Fenômeno parecido ocorre na França, onde há muitos alunos
estrangeiros. A explicação
não me parece só decorrente
do decréscimo populacional. Há diminuição das turmas de humanas, os jovens
desses países têm preferido a
área tecnológica."
Para Vânia Leite Fróes,
professora titular do departamento de história medieval da UFF e coordenadora
de convênios com as universidades de Coimbra e do
Porto, as instituições estrangeiras que recebem brasileiros têm muito a ganhar.
"Temos que acabar com a
idéia de que o Brasil não tem
nada a dar. Um pesquisador
brasileiro às vezes tem abordagens diferenciadas. É interessante para esses países ter
um olhar de fora, da mesma
forma que é importante para
nós termos brasilianistas."
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