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MARIA MARTINS DA SILVEIRA ISOLDI
(1917-2009)
D. Maria cuidou de manter todos unidos
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A partir de 1995, dona Maria Martins da Silveira Isoldi
passou a ir pelo menos uma
vez por semana à casa de seu
filho Paschoal. Quando a filha Inês não podia acompanhá-la, ela, com seus mais de
80 anos, tomava um metrô
na Vila Mariana (zona sul) e
ia sozinha até Alto de Pinheiros (zona oeste de SP).
Paschoal, pai de quatro filhos, havia morrido naquele
ano, de infarto. As visitas de
dona Maria aos netos eram
uma maneira que ela achou
de se certificar da continuidade da enorme família.
Ao todo, teve seis filhos, 23
netos e 18 bisnetos. O marido, um corretor de valores
também chamado Paschoal,
era outro que fazia questão
da união familiar. Aos domingos, era obrigatório que
todos se reunissem para saborear os quitutes de Maria
-como seus enroladinhos.
Filha do diretor e de uma
professora do colégio Caetano de Campos, ela se formou
professora, mas foi trabalhar
no serviço de estatística do
Departamento de Cultura de
SP, então dirigido pelo escritor Mário de Andrade.
Sua função era sair às ruas
coletando dados sobre bairros, o que lhe garantiu um
enorme conhecimento sobre
a cidade. Sabia, por exemplo,
que a Vila Madalena fora um
bairro de lixeiros e conhecia
a biografia de várias pessoas
que davam nome às ruas.
Viúva desde 1990, morreu
quarta-feira, aos 92 anos, de
insuficiência respiratória. A
missa de sétimo dia será
amanhã, às 9h, na igreja Sta.
Generosa, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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