São Paulo, terça-feira, 13 de outubro de 2009

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MARIA MARTINS DA SILVEIRA ISOLDI
(1917-2009)


D. Maria cuidou de manter todos unidos

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A partir de 1995, dona Maria Martins da Silveira Isoldi passou a ir pelo menos uma vez por semana à casa de seu filho Paschoal. Quando a filha Inês não podia acompanhá-la, ela, com seus mais de 80 anos, tomava um metrô na Vila Mariana (zona sul) e ia sozinha até Alto de Pinheiros (zona oeste de SP).
Paschoal, pai de quatro filhos, havia morrido naquele ano, de infarto. As visitas de dona Maria aos netos eram uma maneira que ela achou de se certificar da continuidade da enorme família.
Ao todo, teve seis filhos, 23 netos e 18 bisnetos. O marido, um corretor de valores também chamado Paschoal, era outro que fazia questão da união familiar. Aos domingos, era obrigatório que todos se reunissem para saborear os quitutes de Maria -como seus enroladinhos.
Filha do diretor e de uma professora do colégio Caetano de Campos, ela se formou professora, mas foi trabalhar no serviço de estatística do Departamento de Cultura de SP, então dirigido pelo escritor Mário de Andrade.
Sua função era sair às ruas coletando dados sobre bairros, o que lhe garantiu um enorme conhecimento sobre a cidade. Sabia, por exemplo, que a Vila Madalena fora um bairro de lixeiros e conhecia a biografia de várias pessoas que davam nome às ruas.
Viúva desde 1990, morreu quarta-feira, aos 92 anos, de insuficiência respiratória. A missa de sétimo dia será amanhã, às 9h, na igreja Sta.
Generosa, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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