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Ministro da Defesa critica aeroportos do país e prevê problemas no feriado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Defesa, Nelson
Jobim, criticou ontem a infra-estrutura aeroportuária brasileira, que ele classificou como
"não boa". Disse também que
está discutindo investimentos
para os aeroportos, principalmente os paulistas, como forma de resolver os atrasos e cancelamentos em todo o país. E
assumiu um tom pessimista
quanto à situação dos passageiros que optaram por viagens de
avião no feriado de 15 de novembro e nas férias escolares.
"Evidente que nosso problema básico é a infra-estrutura
aeroportuária, que não é boa.
Quando há problemas nos terminais de São Paulo, que são
centros de distribuição, isso
contamina outros terminais,
tendo em vista o esgarçamento
da malha aérea existente", afirmou Jobim, durante visita ao
Hospital das Forças Armadas,
em Brasília.
O ministro disse que o problema do setor aéreo é não ter
se antecipado aos fatos, o que,
segundo ele, será feito agora
por meio de um "plano de eficácia" da Anac (Agência Nacional
de Aviação Civil).
"Precisamos nos antecipar
aos fatos e não sair correndo
atrás dos fatos; até agora o que
tinha sido feito era correr atrás
dos fatos para tentar resolver."
Jobim disse que vai definir a
situação dos terminais de São
Paulo em reunião marcada para a próxima semana.
Feriado
Jobim disse esperar que a regularidade de vôos no feriado e
nas férias escolares seja "razoável". "É evidente que haverá
problemas de acúmulo [de passageiros]. Observem que o fluxo nos aeroportos não é bom.
Espero que, não havendo nenhum problema meteorológico, possamos ter um grau de regularidade razoável", disse.
Apesar da possibilidade de
confusão, o ministro prometeu
segurança nos vôos. "Ainda não
conseguimos resolver o problema do fluxo, mas a segurança
está garantida."
BRA
Ele reforçou que a Anac e a
OceanAir estão atentas aos supostos problemas de manutenção nos aviões da BRA -cujos
vôos foram assumidos pela
OceanAir na semana passada,
depois de a empresa anunciar a
suspensão de seus serviços.
Ele disse ainda que o acordo
entre as companhias está "caminhando bem" e que o problema "foi ultrapassado". "Esperamos que o problema da BRA se
resolva, via OceanAir ou via ela
própria. Precisamos estimular
a existência de alternativas de
oferta de assentos dentro do
conjunto das empresas."
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