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Projeto na Câmara esvazia Estatuto do Desarmamento
MARIA LUIZA RABELLO
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara dos Deputados pode votar hoje projeto que esvazia o Estatuto do Desarmamento e facilita regras para porte,
registro e venda de armas de fogo. As medidas estão previstas
no relatório da medida provisória 394 lido ontem, em plenário, pelo deputado Pompeo de
Mattos (PDT-RS).
Ele recebeu R$ 120 mil de
empresa de armas e munição
na última campanha -da Taurus Companhia Brasileira de
Cartuchos-, além de ter integrado a frente que saiu vitoriosa no referendo que em 2005
rejeitou o fim do comércio de
armas de fogo no país.
Entre outras alterações,
Pompeo permite o uso de arma
de fogo fora do serviço para
guardas municipais de cidades
entre 50 mil e 500 mil habitantes, reduz o número de documentos necessários para o registro das armas de fogo, acaba
com o limite para aquisição de
munição e dispensa exame psicológico e técnico para pessoas
que possuam espingardas que
não a de calibre 12, além de estender de três para cinco anos a
exigência de comprovação de
aptidão técnica e psicológica
para o manuseio da arma.
A MP editada pelo governo
previa apenas a extensão até julho de 2008 para que o cidadão
registrasse suas armas, além de
reduzir taxas para esse fim.
Pompeo aumenta esse prazo
para dezembro de 2008 e reabre a possibilidade -que acabou em 2005- de as pessoas
entregarem armas às autoridades, mediante indenização.
O deputado afirmou que se
encontrou com representantes
das empresas de armas e munição no início da discussão da
MP, mas negou que tenha cedido a pressões.
"Estamos criando mecanismos de acesso ao registro. Hoje,
o estatuto é para controlar, não
para desarmar. A população já
opinou que quer continuar a
ter o direito de ter a arma. Não
adianta se iludir", disse.
Representantes da Associação Nacional da Indústria de
Armas e Munições acompanharam em plenário a leitura
do relatório.
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