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"Epicentros" do blecaute, cidades não tiveram falta de energia
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ITABERÁ (SP)
DA AGÊNCIA FOLHA, EM IVAIPORÃ (PR)
O município de Itaberá (318
km de SP), onde fica a subestação na qual, segundo o Ministério das Minas e Energia, houve
o curto-circuito que originou o
apagão, não sofreu queda de
energia na noite de terça-feira.
Segundo moradores, a luz
apenas oscilou naquele dia na
cidade. Em Ivaiporã (norte do
Paraná), onde fica uma subestação que faz a interligação das
linhas que vêm de Itaipu com
várias partes do país, também
não faltou energia.
O prefeito de Itaberá, Walter
Sérgio de Souza Almeida
(DEM), quer explicações de
Furnas sobre o que aconteceu
na noite de terça -e que o que
colocou o município no epicentro do apagão.
"Não teve temporal muito
forte na cidade naquela noite.
Mesmo que tivesse ocorrido, a
subestação está lá desde 1985 e
nunca ocorreu isso antes, nem
com chuvas mais intensas", diz.
Um vizinho da subestação,
porém, diz ter ouvido um forte
estrondo, semelhante a um
raio, na direção da unidade. O
corretor de cereais Manoel
Perly Filho, 62, cuja chácara está a metros da estação, afirma
que trovejava forte e que, após
o estrondo, começou a chover.
O prefeito disse ter ido até a
subestação anteontem buscar
explicações da empresa, mas
não foi recebido. Ele foi informado apenas de que as explicações seriam dadas pela direção
de Furnas, no Rio de Janeiro.
"Itaberá ficou como vilã do problema", diz.
Técnicos de Furnas, ouvidos
ontem pela Folha, dizem que,
mesmo que a origem do apagão
tenha sido com um raio, ainda
falta explicar por que o problema tomou proporções nacionais e não ficou restrito apenas
a uma pequena região.
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