São Paulo, sexta-feira, 13 de novembro de 2009

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"Epicentros" do blecaute, cidades não tiveram falta de energia

DA AGÊNCIA FOLHA, EM ITABERÁ (SP)
DA AGÊNCIA FOLHA, EM IVAIPORÃ (PR)

O município de Itaberá (318 km de SP), onde fica a subestação na qual, segundo o Ministério das Minas e Energia, houve o curto-circuito que originou o apagão, não sofreu queda de energia na noite de terça-feira.
Segundo moradores, a luz apenas oscilou naquele dia na cidade. Em Ivaiporã (norte do Paraná), onde fica uma subestação que faz a interligação das linhas que vêm de Itaipu com várias partes do país, também não faltou energia.
O prefeito de Itaberá, Walter Sérgio de Souza Almeida (DEM), quer explicações de Furnas sobre o que aconteceu na noite de terça -e que o que colocou o município no epicentro do apagão.
"Não teve temporal muito forte na cidade naquela noite. Mesmo que tivesse ocorrido, a subestação está lá desde 1985 e nunca ocorreu isso antes, nem com chuvas mais intensas", diz.
Um vizinho da subestação, porém, diz ter ouvido um forte estrondo, semelhante a um raio, na direção da unidade. O corretor de cereais Manoel Perly Filho, 62, cuja chácara está a metros da estação, afirma que trovejava forte e que, após o estrondo, começou a chover.
O prefeito disse ter ido até a subestação anteontem buscar explicações da empresa, mas não foi recebido. Ele foi informado apenas de que as explicações seriam dadas pela direção de Furnas, no Rio de Janeiro. "Itaberá ficou como vilã do problema", diz.
Técnicos de Furnas, ouvidos ontem pela Folha, dizem que, mesmo que a origem do apagão tenha sido com um raio, ainda falta explicar por que o problema tomou proporções nacionais e não ficou restrito apenas a uma pequena região.


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