São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PANORÂMICA

MORTE DE PREFEITO

Polícia ignorou pistas que ligavam Andinho ao assassinato de Toninho
Depoimentos feitos ontem na segunda audiência sobre a morte do prefeito Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, revelaram que a polícia de Campinas tinha pistas do envolvimento do grupo liderado por Wanderson Nilton de Paula, o Andinho, no caso, mas, sem motivo aparente, não aprofundou a investigação.
Falando ao juiz José Henrique Rodrigues Torres, uma mulher que teria visto um traficante no shopping Iguatemi e um homem que viu um Vectra em fuga na região não tiveram os depoimentos tomados oficialmente.
A mulher afirmou ter dito à polícia que viu um homem suspeito no estacionamento do shopping, por volta das 20h30 da noite da morte de Toninho. O suspeito fez sinal a um motoqueiro, ao vê-la entrar no carro. Ela acelerou e não os viu mais.
A equipe do ex-delegado seccional Osmar Porcelli mostrou a foto do sequestrador Valmir Conte, o Valmirzinho, para reconhecimento. Posteriormente, ficou provado que o homem era o traficante conhecido como Paulão, do Jardim São Fernando, bairro onde viveu Andinho.
Um homem que diz que ouviu tiros e foi ultrapassado por um Vectra prata na avenida Mackenzie, onde o crime ocorreu, afirma que foi com Porcelli ao local, mas não depôs.
Andinho, único acusado vivo do caso -Valmirzinho e outros dois homens foram mortos pela polícia-, acompanhou quatro dos 18 depoimentos de ontem.
"Os depoimentos mostram que a polícia não buscou a possível ligação do bando do Andinho com o crime", diz o promotor Ricardo Silvares.
Porcelli, hoje no Departamento de Telecomunicações da polícia, não foi encontrado ontem. Ele sustenta que Toninho foi morto em tentativa de assalto. (DA FOLHA CAMPINAS)


Texto Anterior: "Ela nunca faria isso", afirma mãe
Próximo Texto: Mata Atlântica: Desmatamento em SP diminuiu, mas ainda preocupa pesquisadores
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.