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"Ela nunca faria isso", afirma mãe
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
"Eu sei que, se ela estivesse viva,
no lugar mais profundo ou mais
distante, ela se comunicaria comigo. Ela nunca faria isso comigo,
porque ela nunca me deixou sofrendo", afirma a mãe da vítima,
Mercedes Martins Conceição Moraes, 66, contestando a principal
alegação da defesa de que o corpo
encontrado não é o de Marlene
Aparecida Moraes.
A mãe, que disse esperar a condenação de Marco Antônio Tavares, afirmou que era contra o casamento de Marlene com o juiz, já
que ambos tinham acabado de se
divorciar. Segundo ela, a notícia
do casamento do juiz com Marlene foi um "escândalo" em Palmital (SP), onde eles moravam.
Ela afirmou que não pensa ainda em pedir a guarda dos dois filhos do casal -dois meninos de
cinco e sete anos- até a decisão
de hoje sobre o futuro do juiz.
Hoje, os dois garotos vivem
com o pai, em Jacareí, mas a família de Marlene não vê as crianças
desde o desaparecimento da professora.
A irmã da vítima Marli de Moraes, 40, que irá ao julgamento,
considera a demora no processo
normal, mas, para ela, a condenação do juiz seria a recompensa para essa demora.
Ela acredita que haverá um julgamento justo. "Como ele pode
falar que o corpo não é dela? Isso é
uma certidão de culpa. Ninguém
pode afirmar que não é ela, ele
nunca cogitou a possibilidade de
ser a Marlene, como ele teria tanta
certeza?" pergunta.
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