São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 2002

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"Ela nunca faria isso", afirma mãe

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"Eu sei que, se ela estivesse viva, no lugar mais profundo ou mais distante, ela se comunicaria comigo. Ela nunca faria isso comigo, porque ela nunca me deixou sofrendo", afirma a mãe da vítima, Mercedes Martins Conceição Moraes, 66, contestando a principal alegação da defesa de que o corpo encontrado não é o de Marlene Aparecida Moraes.
A mãe, que disse esperar a condenação de Marco Antônio Tavares, afirmou que era contra o casamento de Marlene com o juiz, já que ambos tinham acabado de se divorciar. Segundo ela, a notícia do casamento do juiz com Marlene foi um "escândalo" em Palmital (SP), onde eles moravam.
Ela afirmou que não pensa ainda em pedir a guarda dos dois filhos do casal -dois meninos de cinco e sete anos- até a decisão de hoje sobre o futuro do juiz.
Hoje, os dois garotos vivem com o pai, em Jacareí, mas a família de Marlene não vê as crianças desde o desaparecimento da professora.
A irmã da vítima Marli de Moraes, 40, que irá ao julgamento, considera a demora no processo normal, mas, para ela, a condenação do juiz seria a recompensa para essa demora.
Ela acredita que haverá um julgamento justo. "Como ele pode falar que o corpo não é dela? Isso é uma certidão de culpa. Ninguém pode afirmar que não é ela, ele nunca cogitou a possibilidade de ser a Marlene, como ele teria tanta certeza?" pergunta.


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