São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SOBRE RODAS

Suely Vilela afirma que ida dos esportistas à Cidade Universitária pode ser autorizada em certos horários

Nova reitora defende volta de ciclistas à USP

FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL

A nova reitora da USP, Suely Vilela, afirmou ser favorável à liberação da entrada de ciclistas na Cidade Universitária em horários determinados. Desde abril, os esportistas não podem utilizar o local durante a semana, o que gerou protestos e até ação na Justiça.
Vilela, que tomou posse há duas semanas, disse à Folha que irá levar a questão ao Conselho do Campus, órgão formado pelos diretores das unidades da universidade e responsável pelo tema. O assunto deverá ser analisado no início do ano que vem.
"Havia muitos transtornos, mas precisamos compatibilizar o interesse da sociedade com o da universidade", afirmou a reitora. "Acho que poderia ser liberado em determinados horários, desde que isso não atrapalhe o trânsito."
A proibição foi motivada pelas reclamações de funcionários, professores e alunos à ouvidoria da instituição -em média, eram três por semana. As queixas estavam relacionadas a problemas com o tráfego e ao comportamento considerado agressivo dos ciclistas. "Houve casos de eles chutarem os carros dos funcionários", disse o ouvidor-geral da USP, Ruy Laurenti.
Apesar da pressão dos esportistas, o conselho rejeitou por unanimidade a reabertura do campus ao reavaliar a questão. Apenas ciclistas vinculados à USP estão autorizados a utilizar o local. Somente aos sábados a entrada está permitida aos demais atletas.
O prefeito temporário do campus, Sergio Muniz Oliva Filho, diz que a situação pode ser revista caso haja argumentos novos. A Justiça paulista chegou a liberar a entrada dos esportistas, por meio de liminar pedida pela Federação Paulista de Triathlon. A decisão, porém, durou poucos dias.
Entre 2.000 e 4.000 ciclistas treinavam mensalmente na Cidade Universitária antes da proibição, segundo uma estimativa da Federação Paulista de Ciclismo. O ciclista André Grizante, 28, treinava no local por cinco horas, em dois períodos. Ele diz que a proibição foi uma generalização injusta. "Sempre tem um ou outro que abusa, que é mau condutor. Mas eram casos isolados. Não acho que atrapalhávamos o trânsito."


Texto Anterior: Antifurto: Bueiros ganham trava
Próximo Texto: Movimento social faz críticas à nova reitora da USP
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.