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Movimento social faz críticas à nova reitora da USP
DA REPORTAGEM LOCAL
"Ela está querendo empurrar o problema com a
barriga". Essa foi a reação do
coordenador do MSU (Movimento dos Sem Universidade), Sergio Custódio, à
afirmação da nova reitora da
USP, Suely Vilela, de que a
universidade deve estabelecer a meta de ter metade dos
seus alunos provenientes da
escola pública em dez anos.
Em entrevista à Folha, publicada na edição de ontem,
Vilela afirmou que o seu
mandato, de quatro anos de
duração, irá focar a melhoria
do ensino público, por meio
de cursos dados por docentes e pós-graduandos da
USP para professores e alunos dessa rede.
Essa, segundo ela, é a melhor forma de promover inclusão social. Vilela tomou
posse há duas semanas.
"O discurso dela é parecido com o do período da escravidão. Algo do tipo: "Um
dia a gente liberta os escravos'", afirmou Custódio, cujo movimento defende as
cotas nas universidades.
Enterro simbólico
O MSU pretende fazer um
enterro simbólico do vestibular da Fuvest na próxima
sexta-feira. A manifestação
comerá na praça da Sé, no
centro da capital, e irá até a
Cidade Universitária, localizada na zona oeste.
Atualmente, 85% dos estudantes do ensino médio estão na escola pública, mas
eles representam apenas
20% dos candidatos aprovados na Fuvest.
Vilela colocou a inclusão
social como a prioridade da
sua gestão. Ela admite dar
pontos para estudantes da
escola pública no vestibular,
desde que essa medida seja
aprovada nos conselhos da
universidade.
(FÁBIO TAKAHASHI)
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