São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 2005

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Movimento social faz críticas à nova reitora da USP

DA REPORTAGEM LOCAL

"Ela está querendo empurrar o problema com a barriga". Essa foi a reação do coordenador do MSU (Movimento dos Sem Universidade), Sergio Custódio, à afirmação da nova reitora da USP, Suely Vilela, de que a universidade deve estabelecer a meta de ter metade dos seus alunos provenientes da escola pública em dez anos.
Em entrevista à Folha, publicada na edição de ontem, Vilela afirmou que o seu mandato, de quatro anos de duração, irá focar a melhoria do ensino público, por meio de cursos dados por docentes e pós-graduandos da USP para professores e alunos dessa rede.
Essa, segundo ela, é a melhor forma de promover inclusão social. Vilela tomou posse há duas semanas.
"O discurso dela é parecido com o do período da escravidão. Algo do tipo: "Um dia a gente liberta os escravos'", afirmou Custódio, cujo movimento defende as cotas nas universidades.

Enterro simbólico
O MSU pretende fazer um enterro simbólico do vestibular da Fuvest na próxima sexta-feira. A manifestação comerá na praça da Sé, no centro da capital, e irá até a Cidade Universitária, localizada na zona oeste.
Atualmente, 85% dos estudantes do ensino médio estão na escola pública, mas eles representam apenas 20% dos candidatos aprovados na Fuvest.
Vilela colocou a inclusão social como a prioridade da sua gestão. Ela admite dar pontos para estudantes da escola pública no vestibular, desde que essa medida seja aprovada nos conselhos da universidade.
(FÁBIO TAKAHASHI)


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