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entrevista
Teorias devem ser dadas juntas, diz criacionista
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Associação Brasileira de Pesquisa de Criação, Christiano da Silva Neto, afirma
que, enquanto não houver
consenso, tanto o evolucionismo quanto o criacionismo devem ser dados
nas aulas de ciências.
FOLHA - O criacionismo deve
ser ensinado nas aulas de ciências nas escolas?
CHRISTIANO DA SILVA NETO -
Melhor seria perguntar:
"Por que estudar as origens?". Todas as culturas
demonstram interesse por
isso. Conhecendo as origens das espécies, do Universo, pode-se explicar o
que ocorre no presente.
Os cientistas evolucionistas entendem que seu
modelo é o que corretamente explica as origens
do Universo e da vida, enquanto os cientistas criacionistas entendem que o
seu modelo é o correto.
FOLHA - O que o sr. acha de
ensinar tanto o criacionismo
quanto o evolucionismo?
SILVA NETO - Há muitos
pontos dogmáticos, tanto
no modelo evolucionista
quanto no criacionista.
A grande maioria dos
homens de ciência, hoje, é
de evolucionistas, mas
vem crescendo o número
de cientistas criacionistas.
Enquanto o consenso
não existir, a maneira mais
justa e honesta de lidar
com a questão é apresentar ambos os modelos nas
aulas de ciências, dando
destaque aos pontos fortes
e fracos de cada um.
FOLHA - Para os críticos, criacionismo não é ciência.
SILVA NETO - É uma acusação injusta, derivada da
falta de conhecimento. O
criacionismo aponta para
a existência de um agente
externo ao Universo, que
teria sido a sua causa. A
ciência não tem, ao menos
hoje, capacidade para investigar algo fora dos limites do Universo. Portanto,
esse agente está fora dos
limites da ciência.
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