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Haddad reclamou de apostila, usada por sua filha
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A polêmica acerca do ensino
do criacionismo nas aulas de
ciências envolveu pessoalmente o ministro da Educação, Fernando Haddad. A filha dele de
nove anos estuda na unidade de
Brasília do Mackenzie, que
adotou o material -desenvolvido pela instituição- com
conteúdos criacionistas.
Segundo a Folha apurou, no
início do ano letivo, Haddad
percebeu que o modelo estava
presente no material didático
da filha e, irritado, foi reclamar
com a direção do colégio.
A escola confirma que um
grupo de pais procurou a unidade, incluindo o ministro.
Afirma, porém, que a principal
reclamação era a falta de revisão do material, que possuía erros gramaticais.
As apostilas foram utilizadas
por uma semana, no início do
ano letivo. Após os protestos,
foram retiradas de circulação e
substituídas por livros didáticos comuns. O mesmo material, porém, continuou a ser
utilizado em São Paulo.
"A unidade de São Paulo passou pela revisão, mas os livros
não foram retirados porque
eles preferiram fazer a errata. A
sociedade de Brasília é mais
exigente", diz a diretora do
Mackenzie de Brasília, Sandra
Maria de Paiva.
No ano que vem, as apostilas
revisadas voltarão a ser usadas
na unidade de Brasília. Mas a
implementação será gradativa.
Em 2009, só o primeiro ano do
fundamental a utilizará. Em
2010, elas também serão usadas pelo segundo ano e assim
sucessivamente, até que todas
as séries tenham o material.
Pelo sistema, caso a filha do
ministro, que irá para o terceiro ano, continue na escola, ela
não estudará com as apostilas
do sistema Mackenzie. A Folha
procurou o ministro, mas sua
assessoria informou que ele está de férias.
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