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VIOLÊNCIA
Manifestação pretendia lembrar um mês do desaparecimento de oito jovens
Disparos impedem ato ecumênico
DA SUCURSAL DO RIO
Traficantes da favela Parada de
Lucas (zona norte do Rio) interromperam com tiros de fuzil um
ato ecumênico realizado na manhã de ontem para lembrar um
mês do desaparecimento de oito
jovens na vizinha comunidade de
Vigário Geral. Não houve feridos.
Assim que chegaram à fronteira
das duas favelas -cada uma dominada por uma facção criminosa diferente- os manifestantes
foram recebidos a tiros de fuzil
pelos traficantes de Parada de Lucas e decidiram encerrar o ato.
Houve correria e pânico. Um dos
que correram foi o deputado estadual Geraldo Moreira, presidente
da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa
Na hora do ato, apenas três carros da Polícia Civil estavam no local. A Polícia Militar só chegou
depois, mas os manifestantes não
se sentiram seguros e não continuaram com o evento.
Os oito jovens estão desaparecidos desde o dia 13 de dezembro.
Eles teriam sido seqüestrados por
traficantes rivais de Parada de Lucas em um ato de vingança de um
criminoso que fora expulso do local. Ao menos cinco deles teriam
envolvimento com o tráfico.
A polícia apura denúncias de
que PMs do 16º Batalhão (Olaria,
zona norte) teriam recebido R$ 50
mil para ajudar o grupo de Parada
de Lucas na invasão.
Mães de alguns dos jovens desaparecidos fizeram acusações à polícia e aos traficantes de Parada de
Lucas. Uma delas, mãe de Émerson Barros, 13, disse que os criminosos a ameaçam e atiram bombas perto da sua casa.
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