São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 2007

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Maconha da mãe prejudica bebê

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

"É necessário desmentir a concepção errônea de que a maconha é uma "droga benigna" e educar as mulheres a avaliar os riscos e as possíveis conseqüências do uso durante a gravidez", alertam pesquisadores da Unifesp/Escola Paulista de Medicina. Na revista "The Journal of Pediatrics", com o estudo "Exposição à maconha durante a gravidez altera o comportamento neurológico no período neonatal imediato", a professora Marina Carvalho de Moraes Barros e colaboradores (Ruth Guinsburg, Clovis de Araújo Peres, Sandro Mitsuhiro, Elisa Chalem e Ronaldo Ramos Laranjeira) relatam, com base na análise do cabelo de 561 adolescentes e da primeira descarga intestinal (mecônio) de seus respectivos filhos recém-nascidos, ter detectado alterações neurológicas em 26 crianças (4,6%) expostas à maconha. Os bebês cujas mães, também adolescentes, não consumiram maconha na gestação não tiveram o problema. No Brasil, em 2002, dos 3.059.402 nascimentos, 23% eram de bebês com mães com idades entre dez e 19 anos. Nessa pesquisa, feita com a ajuda do Hospital Maternidade Mário de Moraes Altenfelder Silva, dos 3.685 nascidos no período estudado, 928 (25%) eram filhos de adolescentes, mas só 561 cumpriam os critérios do estudo. O trabalho foi o editorial da revista.

julio@uol.com.br


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