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Chinaglia propõe ampliar tempo de internação
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara,
Arlindo Chinaglia (PT-SP), e
deputados de vários partidos
lançaram ontem uma proposta de conciliação entre os
defensores e os contrários à
redução da maioridade penal. Pela idéia, a maioridade
permaneceria inalterada, como defende Lula, mas o tempo máximo de internação de
jovens de 18 anos que cometam crimes subiria de três
para pelo menos cinco anos.
A Câmara inicia hoje a
análise de uma série de projetos relacionados à segurança pública, mas, ao contrário
do Senado, a redução da
maioridade penal -idade a
partir da qual um jovem passa a responder integralmente por seus atos, diante da
lei- não está no pacote. Chinaglia é contra a medida.
"Talvez essa proposta traduza um meio-termo entre
os que são contra e a favor da
redução da maioridade. (...)
Parece uma boa iniciativa,
porque isso altera o que tem
hoje, mas não a ponto de
concluir que a redução da
maioridade seja a única solução", afirmou Chinaglia, ressalvando não ter ainda avaliação sobre se a proposta
atenderá aos dois lados.
Também defendeu a proposta de, em caso de crimes
que envolvam menores de 18
anos, transferir a responsabilidade de seus atos para os
maiores de 18 anos envolvidos no episódio.
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