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Para procurador-geral, é preciso política pública
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O procurador-geral da
República, Antonio Fernando de Souza, se mostrou cético quanto à possibilidade de reduzir a criminalidade por meio de
mudanças nas leis, como a
diminuição da maioridade
penal, de 18 para 16 anos.
"Tenho muita desconfiança de que se resolva
com medidas legislativas o
problema da delinqüência
juvenil. Não é só problema
de segurança." "Temos de
encontrar uma forma de
evitar que a atividade delinqüente seja uma opção.
Isso não passa por medidas penais. Depende de
políticas públicas."
Ele também disse ontem considerar "razoável"
que as pessoas condenadas por crime hediondo fiquem pelo menos metade
do período da pena em regime fechado de prisão.
Para ele, "já é um avanço" o mínimo de um terço,
previsto no projeto de lei
que integra o pacote a ser
votado pela Câmara.
Hoje a regra dos condenados por crimes hediondos, como latrocínio e homicídio qualificado, seqüestro e estupro, é a mesma dos que cumprem pena por crimes comuns, como roubo: cumprimento
de pelo menos um sexto
do período em presídio
(regime fechado).
(SILVANA DE FREITAS)
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