São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

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PMs e policiais civis voltam a se enfrentar

Em Guararema (Grande SP), um escrivão disparou 3 tiros para o alto no último domingo durante discussão com soldados

Antes, em 27 de janeiro, na zona leste, o delegado plantonista e pelo menos seis PMs discutiram nas dependências do 54º DP

DA REPORTAGEM LOCAL

Pela segunda vez em 16 dias, integrantes das polícias Civil e Militar voltaram a se desentender e a entrar em confronto dentro de uma delegacia da Grande São Paulo, acentuando a já histórica disputa existente entre as duas forças.
O caso mais recente foi registrado no último domingo, no distrito policial de Guararema (Grande São Paulo), quando um escrivão chegou a disparar três tiros para o alto.
Antes disso, no dia 27 de janeiro, o delegado plantonista Anderson Filik, 28, e ao menos seis PMs do 28º Batalhão discutiram nas dependências do 54º DP (Cidade Tiradentes), na zona leste de São Paulo.
Os soldados da PM Donizete do Nascimento e José Roberto Toledo relataram aos seus superiores que na madrugada de domingo levaram à delegacia em Guararema o vigia E.S.O., que estaria circulando com um botijão de gás, um compressor e algumas lâmpadas. Na versão dos PMs, existia a suspeita de que o material tivesse sido furtado de uma escola municipal.
O grupo chegou por volta da 1h. Às 7h, como o boletim de ocorrência ainda não tinha sido registrado, os PMs se desentenderam com o escrivão Luiz Carlos Silva, que disparou três tiros para o alto na porta.
Durante as seis horas de espera, o vigia ficou trancado no carro da PM. Após a confusão, Guararema, cidade com pouco mais de 25 mil habitantes, foi tomada por PMs que se solidarizaram com os dois soldados.
Somente por volta das 15h do domingo o vigia foi liberado porque o material que estava com ele não foi reconhecido como sendo da escola.
O delegado Marcos Almeida Tourinho abriu um inquérito policial para investigar "disparo de arma de fogo".
Na ocorrência que terminou com a discussão entre o delegado e os PMs dentro do 54º DP, no fim de janeiro, o desentendimento foi devido a um carro apreendido que deveria ficar num determinado local, vigiado por PMs, para ser periciado. Os militares teriam se recusado a fazer a preservação do veículo. (ANDRÉ CARAMANTE)


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