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PMs e policiais civis voltam a se enfrentar
Em Guararema (Grande SP), um escrivão disparou 3 tiros para o alto no último domingo durante discussão com soldados
Antes, em 27 de janeiro, na zona leste, o delegado plantonista e pelo menos seis PMs discutiram nas dependências do 54º DP
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela segunda vez em 16 dias,
integrantes das polícias Civil e
Militar voltaram a se desentender e a entrar em confronto
dentro de uma delegacia da
Grande São Paulo, acentuando
a já histórica disputa existente
entre as duas forças.
O caso mais recente foi registrado no último domingo, no
distrito policial de Guararema
(Grande São Paulo), quando
um escrivão chegou a disparar
três tiros para o alto.
Antes disso, no dia 27 de janeiro, o delegado plantonista
Anderson Filik, 28, e ao menos
seis PMs do 28º Batalhão discutiram nas dependências do
54º DP (Cidade Tiradentes), na
zona leste de São Paulo.
Os soldados da PM Donizete
do Nascimento e José Roberto
Toledo relataram aos seus superiores que na madrugada de
domingo levaram à delegacia
em Guararema o vigia E.S.O.,
que estaria circulando com um
botijão de gás, um compressor
e algumas lâmpadas. Na versão
dos PMs, existia a suspeita de
que o material tivesse sido furtado de uma escola municipal.
O grupo chegou por volta da
1h. Às 7h, como o boletim de
ocorrência ainda não tinha sido
registrado, os PMs se desentenderam com o escrivão Luiz Carlos Silva, que disparou três tiros
para o alto na porta.
Durante as seis horas de espera, o vigia ficou trancado no
carro da PM. Após a confusão,
Guararema, cidade com pouco
mais de 25 mil habitantes, foi
tomada por PMs que se solidarizaram com os dois soldados.
Somente por volta das 15h do
domingo o vigia foi liberado
porque o material que estava
com ele não foi reconhecido como sendo da escola.
O delegado Marcos Almeida
Tourinho abriu um inquérito
policial para investigar "disparo de arma de fogo".
Na ocorrência que terminou
com a discussão entre o delegado e os PMs dentro do 54º DP,
no fim de janeiro, o desentendimento foi devido a um carro
apreendido que deveria ficar
num determinado local, vigiado por PMs, para ser periciado.
Os militares teriam se recusado
a fazer a preservação do veículo.
(ANDRÉ CARAMANTE)
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