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Principal obra de Maia custará R$ 469,3 mi
Com entrega prometida para agosto, Cidade da Música consumirá 30% do total gasto com os Jogos Pan-Americanos
Vereador pede CPI para apurar gastos da obra do complexo cultural; prefeito César Maia nega vínculo com eleições de outubro
DA SUCURSAL DO RIO
A principal obra do prefeito
do Rio, Cesar Maia (DEM), em
ano eleitoral vai consumir 30%
do total gasto em todas as obras
dos Jogos Pan-Americanos. A
Cidade da Música Roberto Marinho, a ser inaugurada em
agosto, será concluída representando um gasto de R$ 469,3
milhões em cinco anos.
Após ter a inauguração adiada por diversas vezes, o prefeito
afirma que a obra da Cidade da
Música será finalizada em
agosto. No entanto, há contratos em que o prazo de entrega
está previsto para novembro.
Maia afirma que vai antecipar pagamentos às empreiteiras para acelerar o cronograma
de obras. Ele nega, no entanto,
vínculo com a eleição municipal, em outubro. A candidata de
seu partido, a deputada federal
Solange Amaral, apareceu com
apenas 6% das intenções de voto em pesquisa do Datafolha.
"A lei é bem clara: candidato
não pode participar de inaugurações de obras públicas", afirmou Maia. O vereador Roberto
Nascimento (PC do B) afirmou
que vai coletar assinaturas para
instalar uma CPI para apurar
os gastos na obra. A obra vai
custar aos cofres públicos R$
469,3 milhões. A prefeitura estimou gasto de R$ 243,8 milhões na obra só neste ano,
mais da metade do orçamento
da Secretaria de Obras.
O total equivale a 33,5% do
gasto municipal com as obras
nos Jogos Pan-Americanos.
Para o evento, a prefeitura gastou R$ 1,4 bilhão. O Estádio
João Havelange, o Engenhão,
consumiu R$ 380 milhões dos
cofres públicos (19,1% a menos
do que a Cidade da Música).
Com uma área de 94 mil m2
(22 mil m2 construídos) na Barra da Tijuca (zona oeste), o
complexo cultural terá dez salas para formação de músicos,
sete salas para ensaio, além de
três cinemas e lojas. Antes prevista para 2005, o prazo agora
passou para agosto de 2008.
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