São Paulo, sábado, 14 de fevereiro de 2009

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"Paula é do tipo que chora calada", diz pai

DA ENVIADA ESPECIAL A ZURIQUE

Desde criança, Paula era calada e discreta. Quando recebia broncas do pai, costumava escrever algum tempo depois: "Não fiz isso. Não seja injusto comigo". O relato é do pai dela, Paulo Oliveira.
Esse comportamento introspectivo, segundo ele, de certa forma se repete agora, nos dias em que ela está internada em Zurique. Questionado sobre se a filha menciona diretamente o aborto nas conversas com os pais, ele invoca a antiga característica para justificar o silêncio de Paula em torno da gravidez: "A Paula é do tipo que chora calada".
Segundo familiares e integrantes do corpo diplomático brasileiro que tiveram contato com Paula, ela tem chorado "convulsivamente".
A jovem estudou direito, fala "uns quatro ou cinco idiomas", diz o pai, e foi transferida para Zurique pelo grupo dinamarquês A. P. Moeller-Maersk, onde é coordenadora de vendas e trabalha há quatro anos. Segundo a empresa, ela ingressou na companhia como trainee, em São Paulo. Os colegas têm lhe mandado chocolate, flores e feito ligações. "Ela é muito querida no ambiente de trabalho", conta o pai.
O romance com o suíço Marco Trepp é recente. Os dois se conheceram numa academia de ginástica em Zurique. No final de 2008, ela contou que iria morar em Dübendorf, com o namorado. Na véspera do último Natal, Paula falou à família sobre a gravidez.
A madrasta dela, Jussara Brito, 48, diz que a jovem fez exames de ultrassonografia e de sangue que irão comprovar a gravidez.

Colaborou a Agência Folha


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