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"Paula é do tipo que chora calada", diz pai
DA ENVIADA ESPECIAL A ZURIQUE
Desde criança, Paula era
calada e discreta. Quando
recebia broncas do pai,
costumava escrever algum
tempo depois: "Não fiz isso. Não seja injusto comigo". O relato é do pai dela,
Paulo Oliveira.
Esse comportamento
introspectivo, segundo
ele, de certa forma se repete agora, nos dias em que
ela está internada em Zurique. Questionado sobre
se a filha menciona diretamente o aborto nas conversas com os pais, ele invoca a antiga característica para justificar o silêncio
de Paula em torno da gravidez: "A Paula é do tipo
que chora calada".
Segundo familiares e integrantes do corpo diplomático brasileiro que tiveram contato com Paula,
ela tem chorado "convulsivamente".
A jovem estudou direito,
fala "uns quatro ou cinco
idiomas", diz o pai, e foi
transferida para Zurique
pelo grupo dinamarquês
A. P. Moeller-Maersk, onde é coordenadora de vendas e trabalha há quatro
anos. Segundo a empresa,
ela ingressou na companhia como trainee, em São
Paulo. Os colegas têm lhe
mandado chocolate, flores
e feito ligações. "Ela é muito querida no ambiente de
trabalho", conta o pai.
O romance com o suíço
Marco Trepp é recente. Os
dois se conheceram numa
academia de ginástica em
Zurique. No final de 2008,
ela contou que iria morar
em Dübendorf, com o namorado. Na véspera do último Natal, Paula falou à
família sobre a gravidez.
A madrasta dela, Jussara Brito, 48, diz que a jovem fez exames de ultrassonografia e de sangue que
irão comprovar a gravidez.
Colaborou a Agência Folha
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