São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011 |
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Promotoria já atuou contra as cobranças DE SÃO PAULO É antiga a discussão sobre a cobrança de cursos na USP. Em 2005, uma ação do Ministério Público pedia o fim dos cursos pagos ministrados por fundações privadas controladas por docentes. O resultado foi o afastamento de várias dessas fundações do campus e a USP deixar de emprestar sua logomarca para adornar certificados de cursos ministrados por entidades privadas. Com o Cocex (Conselho de Cultura e Extensão Universitária) homologando os cursos de extensão, tanto pagos quanto gratuitos, o que ocorreu foi a reabilitação das fundações. Basta ser "homologado" para ser USP -mesmo que o curso seja dado por uma fundação privada. Também as unidades ganharam o direito de, diretamente, cobrar por atividades de extensão que promovem. Desde que sejam "homologadas" pelo Cocex. Assim é que o aluno de extensão que fará psicologia política, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, no campus zona leste, é orientado a depositar R$ 400 da matrícula diretamente em conta da unidade. Segundo o professor João Zanetic, presidente da Adusp (Associação dos Docentes da USP), o expediente da homologação representa a volta das fundações em grande estilo para dentro da universidade. "Trata-se de uma nova ofensiva no sentido de solapar o paradigma da gratuidade do ensino público", diz. Para Zanetic, os cursos pagos introduzem uma lógica mercadológica estranha à universidade. "Em vez de se dedicar à produção de conhecimento inovador, os docentes podem ser impelidos a buscar assuntos da moda para atender à demanda dos pagantes." (LC) Texto Anterior: Análise: Falta ao país fazer o debate sobre a gratuidade do ensino superior público Próximo Texto: Do seu traço fez-se o Carnaval Índice | Comunicar Erros |
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