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Para general, resultado é "muito bom"
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Onze dias após o início das operações do Exército no Rio, o chefe
do Estado-Maior do Comando
Militar do Leste, general Hélio
Chagas de Macedo Júnior, classificou ontem de "muito bom" o resultado das ações militares.
A avaliação foi feita na primeira
entrevista coletiva dada por um
militar de alto escalão, após o início das operações no dia 3.
Desde a data, militares realizaram, sem sucesso, operações em
12 favelas do Rio para encontrar
dez fuzis e uma pistola roubadas
naquela madrugada de um quartel do Exército, em São Cristóvão.
Ao ser questionado pela Folha
sobre como qualificaria a ação do
Exército no Rio, se como "ótima,
boa ou fracassada", o general disse: "Não sei como avaliar. Ótimo
seria se encontrasse as armas.
Mas o resultado como comentamos antes...Pode ser muito bom?
Então, considero muito bom",
disse, referindo-se aos números
anunciados anteriormente pelo
secretário de Segurança Pública
do Rio, Marcelo Itagiba.
Pouco antes, o secretário havia
informado que foram apreendidas 228 armas, 13 pessoas morreram após resistir a ação policial,
além de 38 apreensões de drogas,
do dia 3 até o último domingo no
Rio. Segundo Itagiba, as apreensões foram obtidas em operações
"em conjunto ou em paralelo"
com o Exército nestes dias. Ou seja, o balanço do secretário inclui
toda a ação das polícias do Rio,
não somente nas 12 favelas que
chegaram a ter tropas do Exército.
O general justificou a boa avaliação feita da ação do Exército no
Rio "a vários itens levantados da
nossa cidade". "Tanto a aceitabilidade quanto [a queda] dos índices de criminalidade, de roubo de
carros mostram isso. Os índices
da segurança pública certamente
foram muito positivos", disse.
Até ontem, um adolescente
morreu e quatro pessoas ficaram
feridas durante as operações.
Feito um balanço da primeira
fase de operações, em que a tentativa era conseguir informações
sobre as armas sufocando o tráfico nos morros e impondo-lhe pesados prejuízos, a conclusão do
governo federal, segundo a Folha
apurou, é que houve erro na montagem da estratégia.
Agora, a idéia é que as tropas
passem a se movimentar de acordo com as novas investigações.
Ontem, 400 militares ocuparam
ontem os acessos da favela do
Dendê e da Vila dos Pinheiros.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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