São Paulo, sábado, 14 de março de 2009

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"Não é uma batalha entre 2 países", diz pai

DE NOVA YORK

Em entrevista ao vivo ontem do Rio ao canal de TV norte-americano NBC, David Goldman disse que a disputa de guarda que virou motivo de estresse diplomático entre Brasil e EUA não é "uma batalha entre dois países, e, sim, uma luta pelo reconhecimento do direito (...) de um pai de criar seu filho".
Indagado pelo canal sobre a pressão feita pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, sobre Brasília, Goldman disse esperar que "não seja uma pressão, mas uma comunicação, um diálogo, que chame a atenção para a situação e eduque alguns dos juízes [brasileiros] que não sabiam muito sobre a Convenção de Haia".
Ele confirmou ter falado ao telefone anteontem com Hillary. "Ela me disse para continuar firme e que não vai abandonar a luta. (...) Ela acredita em nosso caso."
Goldman falou também sobre o encontro que teve nesta semana com o filho, o segundo desde que ele foi trazido pela mãe ao Brasil, em 2004. "Espero que nosso elo esteja se fortalecendo."
Ele afirmou ainda que os novos advogados de João Paulo Lins e Silva, padrasto do garoto e quem detém sua guarda hoje, estão montando nova estratégia e "foram a um tribunal [anteontem] à noite para tentar interromper os processos, para que eu não pudesse visitar [o filho]". O advogado de Lins e Silva, Sérgio Tostes, disse à NBC que a questão é particular, não política. "Não deveria ter havido jamais um problema diplomático entre o Brasil e os EUA. As pessoas só estão ouvindo um lado do caso."


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