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Prisão-modelo dá médico, trabalho e biblioteca
Sem superlotação, 200 presos fazem ensino médio no local
DA AGÊNCIA FOLHA, EM VITÓRIA (ES)
Limpo, ensolarado e silencioso, o Presídio de Segurança
Média 2, no Complexo Prisional de Viana, na Grande Vitória, é o outro lado da moeda do
sistema carcerário do ES. A
unidade foi apresentada pelo
governo do Estado à Folha como um exemplo do que deverá
ser adotado até março de 2011.
Lá, não há superlotação e,
dos 266 presos que cumprem
pena -dois a menos que a capacidade máxima-, 160 trabalham na confecção de uniformes ou na dobradura de folhetos para tintura de cabelos.
Quem não trabalha nem estuda tem direito a banho de sol
das 7h às 17h. Em cada cela, há
quatro presos e uma TV. Na
manhã da última sexta-feira, o
preso José Raimundo de Freitas, 62, fazia o esboço de uma
paisagem sobre uma tela em
um dos corredores do presídio.
"A pintura ajuda a canalizar
os pensamentos", afirma ele,
que também tem lições de violão no presídio há quatro meses. "Já toco alguma coisinha."
No Média 2 há salas de aula,
onde 200 presos fazem o ensino médio, biblioteca e uma
unidade de saúde com consultórios médico e odontológico.
"Aqui não temos fugas, rebeliões nem morte", diz Valdir
Ferreira, diretor da unidade.
No mesmo complexo, o Presídio de Segurança Máxima 2
de Viana -com 320 presos perigosos- tem controle maior,
mas as condições de limpeza e
lotação são semelhantes. Os
detentos têm direito a duas horas de sol e a uma hora de TV.
Lá, não é permitida a entrada
de comida, roupas ou artigos de
higiene. O Estado fornece tudo:
cinco refeições diárias, uniforme e kits de higiene.
As visitas dos familiares
acontecem a cada 15 dias, com
duração de duas horas. As visitas íntimas são permitidas como prêmio para o bom comportamento.
(SÍLVIA FREIRE)
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