São Paulo, domingo, 14 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Jogador viciado não controla ação, diz especialista

DO COORDENADOR DE ARTIGOS E EVENTOS

O pôquer, assim como outros jogos que envolvem dinheiro, pode levar ao vício, afirma o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira. Jogadores nessa condição criam dependência em relação ao jogo e perdem o controle da ação durante a partida.
"Jogam mais tempo do que pretendiam e apostam quantias maiores do que poderiam, endividando-se", diz o coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
De acordo com Silveira, algumas pessoas correm maior risco de se tornarem dependentes do jogo, mas não se sabe ao certo o que distingue aquele que se torna jogador patológico daquele que se mantém um jogador recreacional.
Sabe-se, porém, que "é uma patologia da esfera dos transtornos dos impulsos", afirma o psiquiatra. "A impulsividade e a baixa autoestima são centrais na patologia", diz.
Segundo Silveira, o Brasil não dispõe de estatísticas a respeito de jogo patológico em geral "e menos ainda para o pôquer", que se tornou febre há pouco tempo. No entanto, diz ele, "a partir de estudos internacionais, estima-se que cerca de 2% da população geral desenvolva um comportamento de jogador compulsivo".


Texto Anterior: Pôquer cresce, ganha a classe média e atrai celebridades
Próximo Texto: "Dou autógrafo na rua", diz jogador profissional
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.