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Jogador viciado não controla ação, diz especialista
DO COORDENADOR DE ARTIGOS E
EVENTOS
O pôquer, assim como outros
jogos que envolvem dinheiro,
pode levar ao vício, afirma o
psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira. Jogadores nessa condição criam dependência em relação ao jogo e perdem o controle da ação durante a partida.
"Jogam mais tempo do que
pretendiam e apostam quantias maiores do que poderiam,
endividando-se", diz o coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
De acordo com Silveira, algumas pessoas correm maior risco de se tornarem dependentes
do jogo, mas não se sabe ao certo o que distingue aquele que se
torna jogador patológico daquele que se mantém um jogador recreacional.
Sabe-se, porém, que "é uma
patologia da esfera dos transtornos dos impulsos", afirma o
psiquiatra. "A impulsividade e a
baixa autoestima são centrais
na patologia", diz.
Segundo Silveira, o Brasil
não dispõe de estatísticas a respeito de jogo patológico em geral "e menos ainda para o pôquer", que se tornou febre há
pouco tempo. No entanto, diz
ele, "a partir de estudos internacionais, estima-se que cerca
de 2% da população geral desenvolva um comportamento
de jogador compulsivo".
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