|
Texto Anterior | Índice
Diretor quer
criação do
`grupo dos 8'
da Sucursal do Rio
O vice-presidente do Worldwatch Institute, Christopher Flavin, defendeu ontem, na Rio+5,
que oito países -dentre eles os
EUA e o Brasil- se reúnam em
um grupo para pressionar os líderes mundiais a cumprir os tratados
da ECO-92 (conferência da Organização das Nações Unidas feita no
Rio). O Worldwatch é um instituto
de pesquisa com sede nos EUA.
Em seu relatório de 97 sobre os
progressos obtidos em prol de
uma ``sociedade sustentável'' (que
se desenvolve com a proteção ambiental), os oito países estão mal.
Flavin disse ter ficado surpreso
com a existência de oito nações
-os industrializados EUA, Japão,
Alemanha e Rússia e os em desenvolvimento Brasil, China, Índia e
Indonésia- que, juntas, são as
maiores causadores de grandes
problemas ambientais do planeta.
Segundo o estudo do Worldwatch Institute, esses países reúnem 56% da população, 59% da
produção econômica, 58% das
emissões de gases que provocam o
efeito estufa (aquecimento da Terra) e 53% das florestas mundiais.
Flavin acha ``muito complicado'' colocar todas as nações que
integram a ONU discutindo constantemente a implementação dos
acordos estabelecidos na ECO-92 .
Por isso, ele defende que esses oito países se reúnam -a exemplo
do G-7, o grupo dos sete países
mais desenvolvidos- em um fórum permanente que lidere um
processo de implementação desses
acordos.
Não foi cumprida, por exemplo,
a Convenção de Clima, que estipulava que os países deveriam reduzir suas emissões de gases -principalmente o CO2- que provocam o efeito estufa.
Dos oito países que integrariam
o que ele chama de fórum E-8, apenas a Rússia e a Alemanha diminuíram suas emissões de gás carbônico. De 90 a 95, suas emissões
diminuíram, respectivamente,
27,7% e 10,2%. Brasil aumentou a
emissão do gás em 19,8%.
Texto Anterior | Índice
|