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Polícia afirma que alguém tentou apagar sangue após 1ª perícia
De acordo com a polícia, limpeza não prejudicou investigação porque os peritos conseguiram detectar os vestígios de sangue
IML promete entregar até quarta laudo sobre a morte de Isabella; diretor do instituto diz que documento não trará "grandes surpresas"
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia diz que alguém tentou apagar manchas de sangue
do apartamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trotta Jatobá após a primeira perícia realizada no local pelo Instituto de Criminalística.
A polícia não sabe dizer ainda, porém, quem tentou alterar
a cena do crime e não tem provas se a ação foi ou não realizada com a intenção de atrapalhar as investigações da morte
da menina Isabella Nardoni, 5.
Ao longo da investigação, diversas manchas de sangue foram encontradas no apartamento. Algumas eram visíveis a
olho nu; outras foram verificadas por meio de equipamentos
especiais de detecção.
Segundo a polícia, a limpeza
das manchas não atrapalhou as
investigações, pois os peritos
conseguiram detectar vestígios
de sangue com um aparelho
chamado crimescope, ou luz forense, e com o reagente químico luminol (que fica fosforescente em contato com sangue).
Esses produtos não apenas
conseguem recuperar os vestígios como também revelam se
alguém tentou limpar as evidências no local do crime.
As gotas de sangue -que podem ter saído de um corte de
dois centímetros na testa de
Isabella- foram encontradas
na tela de proteção da janela de
onde a vítima foi atirada, no parapeito, próximo à porta do
apartamento e no lençol da cama do quarto dos filhos do casal
Nardoni e Anna Carolina.
A polícia não especificou à
Folha quais locais foram limpos após a primeira perícia.
O Instituto Médico Legal
promete entregar à polícia até
quarta-feira o laudo final sobre
a causa da morte de Isabella.
Segundo o diretor do instituto
Hideaki Kawata, o documento
não trará "grandes surpresas"
em relação ao que já foi divulgado na mídia sobre o caso.
O laudo deve ser concluído
entre hoje e quarta-feira.
A Folha revelou que o documento deverá apontar que Isabella foi asfixiada antes de ser
atirada da janela do prédio.
O laudo deve apontar ainda
que a menina apresentava fraturas no pulso e na bacia e que
a queda do 6º andar teria sido
um fator determinante para a
morte da vítima.
Kawata disse que três peritos
trabalham no laudo, um a mais
do que em procedimentos normais. Ele disse que a única novidade no laudo final deve ser o
resultado de exames com microscópio feitos no corpo. As
principais hipóteses para a
causa da morte já saíram na
mídia, segundo ele.
Até o fim da semana também
devem ficar prontos dois laudos do Instituto de Criminalística: sobre o exame de DNA do
sangue encontrado e sobre as
gravações das câmeras de segurança do prédio vizinho.
O IC não divulgou a data exata para a divulgação dos laudos.
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