|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Acusadas dizem desconhecer as irregularidades
DA AGÊNCIA FOLHA
As duas acusadas de liderar o
esquema, a tradutora Núbia
Saldanha da Cunha e a freira
Paola Pellanda, alegam que
desconheciam que os processos não estavam dentro da lei.
Núbia diz que desenvolvia
trabalho voluntário com casais
estrangeiros interessados em
adotar crianças brasileiras.
"Quis ajudar os casais. Tudo
que fazia era acompanhá-los ao
juizado, não sabia de irregularidades", disse por telefone. Ela
não quis dar mais declarações.
Já seu irmão e advogado, Saldanha Resal, disse que Núbia se
arrependeu. "Ela foi envolvida
pela freira, mas colaborou muito com a polícia e desde 1996
não lida mais com adoções."
A freira informou que "apenas entregava os documentos
dos estrangeiros para Núbia".
Segundo ela, muitas vezes os
casais procuravam diretamente a tradutora. "Tudo não passa
de uma armação. Paola é inocente", disse o advogado da
freira, Armando Costa Filho.
Outra que não quis falar foi
Maria Aurinesci Silva de Pontes, ex-cunhada de Núbia e responsável pelo registro de um
bebê adotado por franceses.
"Quero esquecer tudo. Só entrei nessa para meu marido,
motorista da Núbia, não perder o emprego. Não recebi dinheiro." Os casais estrangeiros
não foram localizados.
Texto Anterior: Polícia: PF denuncia 16 por tráfico de crianças Próximo Texto: Itália e França lideram as adoções de bebês brasileiros Índice
|