São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2001

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OUTRO LADO

Acusadas dizem desconhecer as irregularidades

DA AGÊNCIA FOLHA

As duas acusadas de liderar o esquema, a tradutora Núbia Saldanha da Cunha e a freira Paola Pellanda, alegam que desconheciam que os processos não estavam dentro da lei.
Núbia diz que desenvolvia trabalho voluntário com casais estrangeiros interessados em adotar crianças brasileiras. "Quis ajudar os casais. Tudo que fazia era acompanhá-los ao juizado, não sabia de irregularidades", disse por telefone. Ela não quis dar mais declarações.
Já seu irmão e advogado, Saldanha Resal, disse que Núbia se arrependeu. "Ela foi envolvida pela freira, mas colaborou muito com a polícia e desde 1996 não lida mais com adoções."
A freira informou que "apenas entregava os documentos dos estrangeiros para Núbia". Segundo ela, muitas vezes os casais procuravam diretamente a tradutora. "Tudo não passa de uma armação. Paola é inocente", disse o advogado da freira, Armando Costa Filho.
Outra que não quis falar foi Maria Aurinesci Silva de Pontes, ex-cunhada de Núbia e responsável pelo registro de um bebê adotado por franceses. "Quero esquecer tudo. Só entrei nessa para meu marido, motorista da Núbia, não perder o emprego. Não recebi dinheiro." Os casais estrangeiros não foram localizados.


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