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TRANSPORTE
Reestruturação do sistema começa no sábado; segundo a prefeitura, passageiros não serão afetados
SP corta 15% das linhas de ônibus
JOÃO CARLOS SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma reestruturação do sistema
do transporte público de São Paulo, que terá início no próximo sábado, vai provocar a extinção de
pelo menos 186 linhas -15,5%
das cerca de 1.200 operadas hoje
por ônibus, microônibus e peruas
que transportam 3,5 milhões de
passageiros por dia na cidade.
As 186 linhas que serão extintas
são de cinco das oito áreas em que
a cidade foi dividida: noroeste,
norte, nordeste, sudoeste e oeste.
Faltam ainda ser oficializadas as
alterações nas regiões leste, sudeste e sul, o que ocorrerá amanhã.
Aos usuários, as mudanças só
começam a ser divulgadas pela
SPTrans (gerenciadora do transporte) a partir de amanhã, o que
poderá provocar "pequenos
transtornos", como admitiu ontem o presidente da empresa,
Gerson Luis Bittencourt.
Ele também não descarta a possibilidade de "ajustes" terem de
ser feitos na próxima semana para corrigir eventuais problemas
detectados, por exemplo, a partir
de reclamações dos moradores.
Um exemplo da alteração que
será feita é o das linhas 8047, que
têm três itinerários diferentes
-Jaraguá-Lapa, Vila Aurora-Lapa e Jaraguá-Metrô Vila Madalena. A partir de sábado, restará
apenas a linha Jaraguá-Lapa.
As demais linhas serão extintas
ou, como consta de publicação
parcial da mudança feita no "Diário Oficial" do município de ontem, serão "incorporadas na linha-base" -o termo técnico usado pela SPTrans.
Nas linhas que ficam, pode haver mudança nos horários de partida e até em itinerários, mas a
reestruturação, segundo a
SPTrans, não reduzirá a frota de
cerca de 15 mil veículos que estão
no sistema. Isso porque, diz Bittencourt, as linhas que ficam ganharão um reforço.
"Todo esse ajuste é para melhorar o transporte público da cidade
de São Paulo", disse Bittencourt
ontem, descartando a mudança
escalonada ou após aviso com
maior antecedência aos usuários.
A reestruturação tem um objetivo triplo, segundo o presidente da
SPTrans. De um lado, a idéia é aumentar a rentabilidade dos empresários e cooperados, otimizando linhas que eram, por exemplo,
subutilizadas.
Para o usuário, a mudança significará linhas "mais organizadas" e com frota maior, segundo
Bittencourt. Por fim, as mudanças
visam aproximar a distribuição
das linhas à que será implantada
quando o novo modelo de transporte for efetivamente adotado, a
partir do próximo semestre.
No novo modelo, haverá na cidade linhas estruturais, que serão
operadas por empresas de ônibus
e ligarão os bairros ao centro, e linhas locais, exploradas por perueiros e motoristas autônomos
em trajetos curtos nos bairros.
No centro expandido, as linhas
de trajeto curto também serão de
responsabilidade das viações. Haverá, ainda, estações de transferência e adoção, por exemplo, do
bilhete único, permitindo ao
usuário mais de um embarque
com a mesma passagem.
Serviço
As alterações nas linhas vão ser
divulgadas aos usuários por meio
de jornais, panfletos e pela internet, no site da SPTrans
(www.sptrans.com.br).
A gerenciadora também reestruturou seu serviço de atendimento, pelo telefone 158, para
orientar usuários. O horário de
atendimento foi ampliado e agora
funcionará das 4h às 23h durante
a semana, e das 7h às 19h aos sábados, domingos e feriados.
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