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CRIME ORGANIZADO
Advogado de acusado diz desconhecer dado
Brasil pede auxílio à Suíça para investigar contas de "comendador"
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O Ministério Público Federal vai
pedir aos procuradores de Justiça
da Suíça informações sobre os valores das contas bancárias que o
"comendador" João Arcanjo Ribeiro, 51, manteria naquele país.
"Nós vamos tentar repatriar os
valores para cá por meio de cooperação internacional entre os
dois países [Brasil e Suíça]", afirmou o procurador da República
em Cuiabá, Pedro Taques.
O juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso Julier Sebastião da Silva
disse que são "milhões de dólares
em várias contas" que, na avaliação de Taques, foram enviados à
Suíça pelo crime organizado.
A Polícia Federal recebeu anteontem informações dos procuradores de Justiça de Berna, capital da Suíça. Eles teriam localizado
e bloqueado em seu país contas
bancárias de Arcanjo, do contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves e do delegado aposentado da
Polícia Civil de Mato Grosso Alair
Fernando das Neves. Ao receber
as informações, a Justiça Federal
decretou a prisão temporária (válida por cinco dias) de Neves.
Arcanjo está preso desde abril
em Montevidéu, no Uruguai, acusado de chefiar o crime organizado com ramificações em cinco Estados brasileiros e de sonegar R$
842 milhões da Receita Federal.
Gonçalves, que cuidaria da contabilidade, foi preso em dezembro
em Cuiabá (MT).
O advogado João dos Santos
Gomes Filho, que defende Arcanjo e Gonçalves, disse ontem à
Agência Folha que não foi informado sobre a existência das possíveis contas na Suíça. O advogado de Neves não foi localizado pela reportagem.
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