|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Motoristas e cobradores marcam greve para segunda
Ao menos 33 mil funcionários ameaçam cruzar os braços e deixar cerca de 6 milhões de pessoas ao dia sem transporte
Decisão ocorreu na tarde de ontem após manifestação e fracasso de mais uma rodada de negociações por reajuste salarial da categoria
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
Os motoristas e cobradores
de ônibus de São Paulo marcaram para segunda-feira uma
greve geral por tempo indeterminado. Pelo menos 33 mil
funcionários de 29 empresas
poderão deixar de trabalhar,
deixando, por dia, cerca de 6
milhões de pessoas sem transporte coletivo.
Segundo o presidente do sindicato da categoria, Isao Hosogi, não há garantia de que os
motoristas irão cumprir a liminar do TRT (Tribunal Regional
do Trabalho) que determinou,
na semana passada, que 90%
dos ônibus permaneçam em
circulação em manifestações.
"Não iremos deixar de defender nossa categoria para cumprir determinação da Justiça."
A decisão ocorreu na tarde de
ontem após uma manifestação
em frente à prefeitura da capital e após o fracasso de mais
uma rodada das negociações
para o reajuste salarial da categoria. Com apitos, narizes de
palhaço e os rostos pintados de
verde e amarelo, cerca de 4.000
pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram do protesto.
Os motoristas esperavam
realizar uma reunião com o
prefeito Gilberto Kassab
(DEM), que teria aceitado receber uma comitiva da categoria.
A reunião não ocorreu, e os manifestantes ficaram irritados,
decidindo convocar a greve.
O protesto ocorreu após o
fracasso de uma audiência de
conciliação no TRT, que reuniu
o sindicato dos motoristas
(Sindmotoristas) e o das empresas (SPUrbanuss).
Tentando pôr fim ao impasse, o TRT propôs um acordo de
aumento de 7% retroativo ao
dia 1º de maio, data-base da categoria. Os motoristas reivindicam reposição de 5,54% referente à inflação, mais aumento
real de 5%. Nova audiência no
TRT ficou marcada para quinta-feira, mas o sindicato já
adiantou que rejeita a proposta.
Segundo Hosogi, porém, uma
proposta de aumento de 8% poderia fazer a categoria desistir
da greve. "O mínimo que iremos aceitar são 3% de aumento
real; 7% significa praticamente
o equivalente à inflação", disse
o sindicalista. O sindicato patronal não ofereceu nova contraproposta de aumento.
Na sexta-feira, o sindicato
dos motoristas irá realizar uma
assembléia para informar como será a paralisação.
Texto Anterior: Chapada dos Guimarães: Defesa Civil sugere visitação restrita a cachoeira de parque Próximo Texto: Rio proíbe fumo até em área de fumantes Índice
|