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IBGE mapeia ciganos e
acha grupos em 290 cidades
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A pesquisa do IBGE mapeou, pela primeira vez, os
acampamentos ciganos existentes no Brasil. Eles estão
em 290 cidades e se concentram, principalmente, no litoral dos Estados do Sul, Sudeste e Nordeste - com destaque para a Bahia, onde há o
maior número de grupos.
O órgão, no entanto, não
precisou a população ou a localização exata desses acampamentos. Isso porque a informação foi dada pelos próprios gestores municipais e a
eles foi perguntado apenas
se no município havia a presença de grupos de ciganos.
Em São Paulo, 25 municípios afirmaram possuir
acampamentos -entre eles
a capital, Sorocaba e Campinas. A ONG Embaixada Cigana afirma já ter catalogado
28 grupos apenas na capital
(alguns com só seis famílias).
De acordo com o cigano
Nicolas Ramanush Leite, 49,
diretor da organização, há de
60 a 40 famílias em cada um.
A maioria delas vive do comércio -na capital, há os
que compram produtos na
25 de março e revendem perto dos bairros em que moram. As mulheres costumam
fazer leitura de mão.
Eles vivem em tendas feitas de lona, montadas, geralmente, em terrenos baldios.
Para Leite, no entanto, o
número de acampamentos
mapeados pelo IBGE não
chega nem perto de expressar a quantidade de ciganos
existentes no país. Isso porque apenas um dos três grandes clãs ciganos vivem acampados. O restante, já costuma viver em casas.
Mas para Pedro Pontual,
gerente de estatísticas da Secretaria Nacional de Direitos
Humanos, o levantamento é
importante por ser o primeiro a identificar os acampamentos desta população.
Os acampamentos só não
foram detectados em cinco
Estados: Amapá, Roraima,
Amazonas, Rondônia e Acre,
todos na região Norte.
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