São Paulo, sexta-feira, 14 de maio de 2010

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IBGE mapeia ciganos e acha grupos em 290 cidades

DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A pesquisa do IBGE mapeou, pela primeira vez, os acampamentos ciganos existentes no Brasil. Eles estão em 290 cidades e se concentram, principalmente, no litoral dos Estados do Sul, Sudeste e Nordeste - com destaque para a Bahia, onde há o maior número de grupos.
O órgão, no entanto, não precisou a população ou a localização exata desses acampamentos. Isso porque a informação foi dada pelos próprios gestores municipais e a eles foi perguntado apenas se no município havia a presença de grupos de ciganos.
Em São Paulo, 25 municípios afirmaram possuir acampamentos -entre eles a capital, Sorocaba e Campinas. A ONG Embaixada Cigana afirma já ter catalogado 28 grupos apenas na capital (alguns com só seis famílias).
De acordo com o cigano Nicolas Ramanush Leite, 49, diretor da organização, há de 60 a 40 famílias em cada um.
A maioria delas vive do comércio -na capital, há os que compram produtos na 25 de março e revendem perto dos bairros em que moram. As mulheres costumam fazer leitura de mão.
Eles vivem em tendas feitas de lona, montadas, geralmente, em terrenos baldios.
Para Leite, no entanto, o número de acampamentos mapeados pelo IBGE não chega nem perto de expressar a quantidade de ciganos existentes no país. Isso porque apenas um dos três grandes clãs ciganos vivem acampados. O restante, já costuma viver em casas.
Mas para Pedro Pontual, gerente de estatísticas da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, o levantamento é importante por ser o primeiro a identificar os acampamentos desta população.
Os acampamentos só não foram detectados em cinco Estados: Amapá, Roraima, Amazonas, Rondônia e Acre, todos na região Norte.


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