São Paulo, sexta-feira, 14 de maio de 2010

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91 ruas do Butantã precisam de asfalto novo

DA REPORTAGEM LOCAL

O Butantã (zona oeste) é um caso típico que espelha a má conservação do asfalto em São Paulo. A região, mostra o estudo da USP, tem 91 ruas em situação crítica, que precisam de recapeamento urgente, número tido como alto por técnicos.
Não por acaso, neste ano, as principais avenidas do bairro, por causa do pavimento bastante irregular, constam do plano de recapeamento público.
Mooca, Pinheiros e Vila Mariana são outros bairros que apareceram com frequência nos três lotes de ruas que seriam refeitas anunciados em fevereiro, março e abril. Algumas dessas obras já terminaram.
Apesar de reconhecer que trafegar pela capital é desconfortável, José Tadeu Balbo, professor da Poli-USP e autor do estudo entregue à prefeitura, diz que recapear mil quilômetros em São Paulo é um desafio técnico bastante grande.
"As obras precisam ser feitas sob condições adversas. À noite, em intervalos curtos de tempo e às vezes com chuva."
Segundo o especialista, esse cenário também pode fazer com que vias recém-recapeadas, em alguns casos, voltem a apresentar problemas depois de um curto espaço de tempo.
"Avenidas com grande volume de tráfego, como a dos Bandeirantes (zona sul) ou a Salim Farah Maluf (zona leste), precisam ser recapeadas de três em três anos, não tem jeito", diz.

Plano diretor
Segundo a prefeitura, a partir dessa grande matriz de ruas com problemas gerada pelo levantamento da USP, a cidade poderá ter uma espécie de "plano diretor" de recapeamento.
"As intervenções, sem dúvida, poderão a ser mais planejadas", afirma Eugênio Pavicic, superintendente das usinas de asfalto da prefeitura.
Para Balbo, mesmo com o trabalho em curso, São Paulo ainda está atrasada. Cidades como Minneapolis e Miami, nos EUA, ou as principais da Alemanha são um "exemplo de organização", segundo ele.
Elas mantém um pavimento em boas condições, por causa de um monitoramento constante e uma ação rápida de solução dos problemas.
"Na Suécia, nos anos 80, as cidades já tinham toda a condição de seu asfalto mapeada de forma eletrônica", diz Balbo.


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