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91 ruas do Butantã precisam de asfalto novo
DA REPORTAGEM LOCAL
O Butantã (zona oeste) é um
caso típico que espelha a má
conservação do asfalto em São
Paulo. A região, mostra o estudo da USP, tem 91 ruas em situação crítica, que precisam de
recapeamento urgente, número tido como alto por técnicos.
Não por acaso, neste ano, as
principais avenidas do bairro,
por causa do pavimento bastante irregular, constam do plano de recapeamento público.
Mooca, Pinheiros e Vila Mariana são outros bairros que
apareceram com frequência
nos três lotes de ruas que seriam refeitas anunciados em fevereiro, março e abril. Algumas
dessas obras já terminaram.
Apesar de reconhecer que
trafegar pela capital é desconfortável, José Tadeu Balbo,
professor da Poli-USP e autor
do estudo entregue à prefeitura, diz que recapear mil quilômetros em São Paulo é um desafio técnico bastante grande.
"As obras precisam ser feitas
sob condições adversas. À noite, em intervalos curtos de tempo e às vezes com chuva."
Segundo o especialista, esse
cenário também pode fazer
com que vias recém-recapeadas, em alguns casos, voltem a
apresentar problemas depois
de um curto espaço de tempo.
"Avenidas com grande volume de tráfego, como a dos Bandeirantes (zona sul) ou a Salim
Farah Maluf (zona leste), precisam ser recapeadas de três em
três anos, não tem jeito", diz.
Plano diretor
Segundo a prefeitura, a partir
dessa grande matriz de ruas
com problemas gerada pelo levantamento da USP, a cidade
poderá ter uma espécie de "plano diretor" de recapeamento.
"As intervenções, sem dúvida, poderão a ser mais planejadas", afirma Eugênio Pavicic,
superintendente das usinas de
asfalto da prefeitura.
Para Balbo, mesmo com o
trabalho em curso, São Paulo
ainda está atrasada. Cidades
como Minneapolis e Miami,
nos EUA, ou as principais da
Alemanha são um "exemplo de
organização", segundo ele.
Elas mantém um pavimento
em boas condições, por causa
de um monitoramento constante e uma ação rápida de solução dos problemas.
"Na Suécia, nos anos 80, as
cidades já tinham toda a condição de seu asfalto mapeada de
forma eletrônica", diz Balbo.
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