São Paulo, sábado, 14 de maio de 2011 |
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Fiscais usarão sistema contra corrupção Funcionários das subprefeituras terão de cumprir roteiros predefinidos por computador e serão acompanhados por GPS Categoria fiscaliza 130 itens, como obra irregular, alvará de funcionamento, mesas nas calçadas e barulho EVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO Tida como o principal foco de corrupção na Prefeitura de São Paulo, a fiscalização das subprefeituras vai perder poder. Os fiscais, que hoje têm autonomia para escolher quem vai ser fiscalizado e quando, terão de cumprir roteiros predefinidos por um programa de computador. O sistema vai, inclusive, definir automaticamente qual tipo de autuação o estabelecimento terá de receber. E o fiscal será acompanhado por um sistema de GPS para não desviar da rota. Além disso, o fiscal também perderá o poder de agir de maneira autônoma. Se suspeitar de alguma irregularidade, terá de lançá-la no sistema, que definirá qual agente cuidará do caso. São 130 itens fiscalizados, como obra irregular, alvará de funcionamento, mesas nas calçadas e barulho. De acordo com Alfonso Orlandi Neto, supervisor-geral de uso e ocupação do solo da Secretaria das Subprefeituras, o sistema começou a ser elaborado em 2006 e seu primeiro módulo foi implantado em setembro passado. Desde então, os fiscais passaram a ter uma lista de estabelecimentos a fiscalizar. Mas o controle ainda é falho: basta que o agente, no final do dia, faça um relatório de suas atividades. Com o novo sistema, tudo será automatizado. Cada agente vistor ganhará um tablet (como um iPad) e terá de seguir as rotas estabelecidas. Orlandi diz que o objetivo principal é melhorar o gerenciamento do sistema de fiscalização das subprefeituras, mas admite que o controle das atividades vai melhorar. "Vai aumentar o controle? É lógico que vai. Mas o objetivo é a gestão", afirma. Segundo ele, o sistema vai reduzir o tempo da ação fiscalizatória e propiciar que mais locais sejam fiscalizados sem que seja necessário contratar mais agentes. O sistema custará R$ 20 milhões. A prefeitura deve abrir, até julho, a licitação para comprar os cerca de 800 aparelhos. A implantação está prevista para novembro. Texto Anterior: Nas ruas paulistanas, acha-se irregularidade a cada esquina Próximo Texto: Fiscalização em São Paulo Índice | Comunicar Erros |
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