DO "AGORA"

Um dos sócios da empresa JCW, responsável pela manutenção dos elevadores, descartou que eles apresentassem problemas. O equipamento estava em "ótimo estado de conservação", disse ele, que se identificou somente como Wellington.
"Uma vez por mês, a empresa faz uma vistoria geral, analisando segurança, lubrificação, limpeza e condições de funcionamento."
A empresa Faer, responsável pela fabricação dos elevadores, informou que deixou de responder pelo equipamento depois que o condomínio preferiu deixar a manutenção com a JCW.
De acordo com a gerente administrativa Maira Aparecida Serafim, a prática é comum entre os condomínios. "Para reduzir o valor do condomínio, a maioria dos síndicos prefere entregar a manutenção a empresas consertadoras, que cobram preços menores do que as fabricantes de elevadores", disse.
No caso do edifício, de acordo com Maira, a iniciativa foi tomada pelo síndico Luzineto Francisco Torres, ex-marido da proprietária da Faer Elevadores.

Síndico
O síndico Torres culpou os moradores do condomínio pelo acidente. Para ele, os condôminos faziam mau uso do equipamento.
"Não sei se foi o caso do rapaz que morreu, mas os moradores não sabem usar o elevador, ficam abrindo as portas com a cabeça, com as mãos, com os pés", declarou o síndico ontem.
"Brasileiro tem um problema sério para usar elevador", completou ele.


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